O ex-capitão da seleção alemã Michael Ballack afirmou, nesta quinta-feira (11),que o técnico Joachim Löw deveria ter deixado o cargo de técnico da Alemanha após o fiasco na Copa do Mundo da Rússia. Em entrevista à emissora de televisão Deutsche Welle, o ex-jogador se disse surpreso com o treinador.
— Como outros, me surpreendi que tenha ficado no cargo — declarou nesta quinta-feira o ex-jogador de 42 anos — Ele está na equipe há tempo e às vezes é preciso admitir que as coisas não funcionam — completou.
A Alemanha foi eliminada na fase de grupos da Copa 2018, mas Löw, no cargo de 2006, foi mantido como técnico até a Copa do Catar 2022. No sábado (13), a Alemanha viaja a Amsterdã para enfrentar a Holanda pela Liga das Nações. Na terça-feira (16), será a vez de encarar a França, em Paris.
Löw foi criticado por ter apostado demasiadamente na velha guarda da seleção alemã e não ter dado oportunidade aos jogadores da nova geração.
— Não é anormal que um técnico que ganhou a Copa do Mundo dê confiança aos jogadores com os quais teve êxito — reconheceu Ballack, que ainda afirmou que "ele é responsável por isso e deveria ser suficientemente profissional" para assumir as consequências do fracasso.
O meia da Alemanha Toni Kroos, questionado nesta quinta-feira (11) sobre as palavras de Ballack, defendeu o técnico:
— Estou convencido de que vamos nos recuperar com Löw. Ele provou durante muitos anos que sempre está disposto a evoluir.
Ballack também criticou a Federação Alemã por sua passividade após a campanha na Rússia:
— A Copa foi uma grande decepção e há motivos para explicar isso. Vocês precisam analisar isso corretamente. Não é suficiente dizer que 'vamos analisar tudo', quando já tomaram a decisão de manter o técnico. Não é uma verdadeira análise.
Ballack teve relacionamento difícil com Löw quando foi capitão da seleção, entre 2004 e 2010. O técnico acabou não o convocando para a Copa do Mundo da África do Sul 2010 — competição em que a Alemanha terminou na terceira colocação.