Campeão olímpico nos Jogos de Atenas 2004, bicampeão mundial e por muitos anos considerado um dos melhores levantadores do planeta, Ricardinho anunciou nesta quarta-feira (18) sua aposentadoria das quadras, aos 42 anos.
A partir de agora, ele continuará na presidência do Copel Telecom/Maringá, clube que idealizou e defendeu nos últimos anos de sua carreira. A equipe está confirmada na disputa da edição da Superliga 2018/2019. Ele também focará em seu projeto social o "Núcleo Vôlei Ricardinho".
— Foi uma decisão tomada. Não foi de última hora, já vinha pensando. Decidi me dedicar 100% não só ao projeto social, mas à equipe principal. Realmente fora de quadra. O corpo está 100%, estou voando, a cabeça está voando. Mas foi uma decisão que tive de tomar. E tomei. É o que tem de ser feito. Não tem muito o que questionar — disse Ricardinho, ao site GloboEsporte.
Ricardinho foi líder em um dos períodos mais gloriosos da era Bernardinho. O elenco que atingiu o ápice em Atenas ficou marcado pela grande velocidade das jogadas criadas pelo levantador, que substituiu Maurício na função de titular. Em 2007, às vésperas do Pan do Rio, ele acabou cortado do time após desentendimentos com o treinador.
Após cinco anos, ganhou nova chance no grupo e conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Ele ainda tem no currículo seis títulos da Liga Mundial e quatro títulos do Sul-Americano. além de vencer duas vezes a Copa dos Campeões e a Copa do Mundo.
Nos clubes, Ricardinho construiu carreira na Itália, onde virou ídolo no Modena e no Treviso. No Brasil, passou por Banespa, Suzano, Minas e Vôlei Futuro. Em 2013, ele deu início ao seu projeto em Maringá. Na última Superliga, o clube terminou na 11ª colocação.