A rescisão do Kleber Gladiador, 34 anos, com o Coritiba saiu nesta quinta-feira no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, mas o clube paranaense ainda terá obrigações com o atacante por mais quatro anos. No acordo, o atleta receberá R$ 40 mil mensais do Coxa até a metade de 2022, totalizando R$ 1,9 milhão.
O contrato do centroavante iria até o final desta temporada, com salário acima de R$ 200 mil por mês, além de atrasados. Com o impasse, já que a cúpula e o atacante não tinham mais interesse na continuidade para a temporada, a solução no início era arrumar um novo clube. Fluminense e Paraná iniciaram conversas, mas nenhum deles finalizou a transferência. No clube carioca, aliás, ele chegou a viajar e realizar exames médicos, mas foi reprovado.
— Houve uma decisão coletiva entre diretoria e departamento de futebol que o Kleber não seria mais aproveitado. Isso ficou definido após as finais do Paranaense quando o atleta mencionou o desejo de se transferir para o Fluminense - declarou o presidente Samir Namur.
Assim, a solução foi na base de muita conversa, em uma novela que durou mais de dois meses. O trato entre as partes foi revelado mandatário na ação ‘Pergunte ao presidente’, que responde questionamentos dos associados alviverdes.
— O Coritiba repactuou as verbas que deveria pagar ao Kleber até o final do ano no prazo de 48 parcelas mensais. Para o Coritiba, foi um bom negócio. Liberamos R$ 170 mil na folha salarial para investir em outras contratações - completou Namur.
O atacante viveu uma situação parecida com o Grêmio, clube que defendeu de 2011 a 2015. Depois de um acordo feito na Justiça, recebe do tricolor prestações mensais de R$ 120 mil. O total da rescisão chegou a R$ 7,2 milhões.
Kleber chegou ao Alto da Glória durante o Campeonato Brasileiro de 2015. Com a camisa do Coxa, ele realizou 91 jogos e marcou 41 gols, conquistando o Campeonato Paranaense de 2016 e sendo artilheiro do torneio.