Craque da seleção de Portugal e do Real Madrid, Cristiano Ronaldo aceitou pagar 18,8 milhões de euros ao fisco espanhol para encerrar uma investigação por suposta fraude, informaram à AFP fontes judiciais.
Segundo o pré-acordo entre CR7 e o advogado do Estado, a pena também inclui dois anos de prisão. Mas o atacante se livraria do cárcere porque as condenações por este período ou menores não são aplicadas na Espanha.
As condições ainda precisam ser aceitas pelo fisco espanhol, acrescentaram as fontes, no momento em que o novo governo socialista, que assumiu o poder no dia 1º de junho, está renovando a cúpula das instituições oficiais.
Se o acordo for confirmado, Ronaldo, que nesta sexta-feira estreia na Copa do Mundo no duelo ibérico entre Espanha e Portugal, colocaria ponto final na investigação sobre suposta fraude fiscal de 14,7 milhões de euros relacionados a direitos de imagem.
A Procuradoria espanhola o acusa de ter utilizado, entre 2011 e 2014, uma estrutura de sociedades radicadas na Irlanda e nas Ilhas Virgens Britânicas "para ocultar rendimentos geradas na Espanha referente aos direitos de imagem, algo que supõe um não cumprimento voluntário e consciente de suas obrigações fiscais".
Segundo a acusação, o cinco vezes vencedor da Bola de Ouro declarou tardiamente em 2014 aproximadamente 11,5 milhões de euros durante o período compreendido entre 2011 e 2014, apesar de residir na Espanha desde 2009, quando o valor na verdade chegaria a 43 milhões.
A este valor são adicionados 28,4 milhões de euros dissimulados da Receita, correspondente aos direitos de imagem do período 2015-2020. Ronaldo sempre negou as acusações.
Em maio, fontes judiciais indicaram que o atacante português estava disposto a pagar 14 milhões de euros ao fisco.
Se for condenado, CR7 pode receber uma multa de pelo menos 28 milhões de euros e uma pena de três anos e meio de prisão, segundo o sindicato de técnicos do ministério da Fazenda espanhol, Gestha.
Adversário dentro de campo, o astro argentino do Barlona, Lionel Messi, foi condenado a multa de 2,1 milhões de euros por fraude fiscal e pena de 21 meses de prisão, transformada em multa.
* AFP