A terça-feira pode ser o início da recuperação dos gaúchos na Série B. O Brasil-Pel vai em busca dos primeiros três pontos na Série B em casa. A partir das 16h30min, a equipe de Clemer recebe o vice-líder Figueirense no Bento Freitas.
Não terá, porém, Alisson Farias na partida. Dono de três assistências na Segunda Divisão, o meia foi afastado por questões disciplinares.
– Alisson está fora do jogo pela parte disciplinar. Houve uma situação que no retorno para cá, saiu da delegação sem a permissão. Conseguimos logo trazer ele para o ônibus, mas dentro da delegação tiveram algumas situações, como falta de respeito com atletas, descomprometimento com o jogo de terça-feira, e isso eu não aceito. Pode ser quem for, eu coloco o Brasil-Pel em primeiro lugar. Não é por estar melhorando dentro da competição que vai achar que pode fazer tudo. Aqui, tem ordem, organização. Conversei com ele, insistiu, achou que estava com razão. Ele está afastado – definiu Clemer, em entrevista coletiva.
Confira trechos da entrevista:
O calendário da Série B e as longas distâncias costumam castigar os times. Seriam os fatores de o Brasil não ter vencido ainda?
São alguns fatores que interferem no trabalho. Só na última semana, percorremos mais de 9 mil quilômetros. Saímos de Pelotas pra jogar em Florianópolis, passando por Porto Alegre. Voltamos e já viajamos de novo, saindo daqui pra jogar em Belém, na outra ponta do país. Com o calendário tão apertado, você não tem o mesmo tipo de aproveitamento do trabalho da semana.
A largada da competição é sempre mais difícil, é necessário um "entendimento" da Série B? Visto que Inter no ano passado, o Juventude neste ano e o próprio Brasil não têm uma boa largada?
Sim, é um campeonato bastante diferente em relação ao Estadual. O nível técnico das equipes e a expressão da maioria dos clubes é bem maior. Sem falar nas distâncias que você precisa percorrer, já que é um campeonato nacional. Então a oscilação do início é normal. No nosso caso, estamos vindo de uma sequência forte no Gauchão, onde fomos os melhores do Interior e disputamos até o final, chegando ao vice-campeonato. De certa forma, é o "ônus" do sucesso.
O objetivo do Brasil é se manter na Série B este ano, depois encorpar para pensar em coisas maiores em 2019?
O primeiro e grande objetivo é a permanência. Com o decorrer da competição, ela mesma vai nos mostrando onde podemos chegar, em que patamar estamos. Se pudermos disputar o G-4, vamos fazer isso. Hoje, a Série A ainda é um sonho. Temos que trabalhar com os pés no chão. Estamos num processo de transição, com reforços chegando, alguns titulares em recuperação. Primeiro precisamos de uma regularidade como equipe. Esse é o nosso desafio já a partir do Figueirense.