O Palmeiras apresentou novas imagens que considera serem provas "inequívocas e irrefutáveis" de que houve interferência externa na final do Campeonato Paulista. Por isso, o clube fala na possibilidade de se anular a segunda decisão contra o Corinthians, vencida pelo rival no tempo normal por 1 a 0, e nos pênaltis por 4 a 3.
Em vídeo publicado pela TV Palmeiras, mostra-se uma conversa entre o diretor de arbitragem da Federação Paulista de Futebol, Dionísio Roberto Domingos, e o auxiliar Anderson José de Moraes Coelho durante a confusão ocorrida entre a marcação e a anulação do pênalti de Ralf sobre Dudu.
De acordo com o clube, a entrada do diretor no campo é ilegal e o consequente contato com o auxiliar, também. Outras imagens já tinham mostrado o quinto árbitro, Alberto Poletta Masseira, correndo até o quarto árbitro, Adriano de Assis Miranda, que posteriormente foi até Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza para avisá-lo que Ralf tocou na bola, e não em Dudu. Só então, quase oito minutos após a marcação, o pênalti é anulado.
"Considerando que trata-se de violação clara das normas da IFAB (International Football Association Board) e do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que deve resultar invariavelmente na anulação da partida, o Palmeiras aguardará o pronunciamento imediato das entidades administrativas do esporte a respeito das providências sobre o assunto, sob pena de adotar todas as medidas cabíveis para garantir a lisura da competição e os seus direitos", diz trecho de nota publicada no site oficial do Verdão.
O presidente do TJD-SP, delegado Antonio Olim, disse mais cedo que a entidade aguardava um contato oficial do clube, que ainda não ocorreu. O Palmeiras quer que Dionísio seja interrogado pelo Tribunal. A ideia é de que o caso seja discutido daqui a duas semanas, no dia 23 de abril.
Após a decisão, o árbitro havia dito que houve um erro na demora em reverter a marcação, mas negou ter sido influenciado por uma figura externa. Sua versão é de que a mudança foi motivada apenas pela conversa com seu quarto árbitro. Já após o jogo, o presidente Maurício Galiotte afirmou ter ocorrido uma interferência na decisão, chamando, inclusive, o torneio de "Paulistinha".
Este caso gerou o rompimento do Palmeiras com a FPF, que por enquanto não participará nem de reuniões nem de eventos da entidade. Em carta aberta à torcida, o clube pediu mudanças no torneio para 2019, como a utilização do árbitro de vídeo.