O Corinthians versão 2018 tem mostrado força pelo revezamento de jogadores que decidem jogos. Nesta quarta-feira, às 19h30, em Salvador, a equipe enfrenta Vitória pelas oitavas de final da Copa do Brasil e pode ter em Clayson esse diferencial. O atacante volta ao time após ficar na reserva contra o Paraná no último domingo e tem chance de melhorar seus números na temporada.
Caso marque um gol, Clayson igualará o mesmo número de tentos anotados no ano passado e em menos jogos. Em 2017, ele disputou 29 jogos pelo Corinthians e anotou quatro gols. Este ano, foram três em 22 partidas. O último foi no domingo, quando saiu do banco para completar cruzamento de Fagner.
O atacante também tem bom aproveitamento nas assistências: foram quatro em 2018, apenas duas a menos do que em 2017. As seis no Brasileiro do ano passado o fizeram recordista no quesito ao lado de Rodriguinho. O jogador credita esses números ao entrosamento à maior familiarização com o Corinthians. Ele chegou ao clube da Ponte Preta no meio do ano passado, após ser vice-campeão paulista.
— A sequência e o entrosamento ajudam, sem dúvida. Agora estou mais adaptado, mais experiente, com dois títulos pelo clube. A equipe trocou alguns jogadores, às vezes varia o esquema, mas mantém qualidade e competitividade - afirmou Clayson.
Independentemente do desempenho, Clayson vive um ano especial. No domingo, completou 50 jogos pelo Corinthians com participação importante dentro do elenco. Para completar, sua esposa está grávida e ele será pai pela primeira vez ainda este ano. No mês que vem, completa um ano de clube. Ele espera que o Timão possa ir ainda mais longe do que em 2017. O camisa 25 tem dois títulos (Brasileiro e Paulista) pelo clube, as duas competições que terminou.
— É o que a gente espera (ir mais longe). Vamos entrar para ganhar todos os campeonatos que disputarmos. Graças a Deus, conseguimos conquistar o Paulista, que foi muito difícil, uma grande superação, acreditando até o fim. Vamos com esse espírito na Copa do Brasil e em todos os outros campeonatos - analisou Clayson.
A fase é tão boa que até mesmo quando erra, Clayson se recupera. No domingo contra o Paraná, ele escorreu e caiu ao cobrar um escanteio. Logo depois, porém, anotou o seu gol. O baixinho é liso.
— Foi um lance pra todo mundo brincar e dar risada depois, mas graças a Deus na sequência consegui fazer um gol e dar a assistência pro Gabriel. Acabei saindo por cima, né? (risos) - brincou Clayson.
Confira a entrevista com Clayson:
Esse sistema sem centroavante é melhor ou pior pra você?
Eu gosto de me movimentar bastante, mas acho que os dois sistemas têm funcionado bem. Ano passado com o Jô, ou esse ano com o Kazim e o Júnior Dutra... E esses jogos sem centroavante também deram resultado, ganhamos a final do Paulista assim, goleada na última rodada... O importante é que a equipe tem rendido e quem entra está dando conta do recado.
Carille falava que você tinha dificuldade de manter o ritmo durante os 90 min. Melhorou? Como tem feito os trabalhos pra aguentar?
A minha função ali é de muita intensidade, então tem jogos que realmente saio esgotado. Mas desde que cheguei tenho melhorado na parte física e tática, tenho procurado evoluir nesses aspectos também. Nesse ano, me sinto melhor do que no ano passado e espero seguir ajudando.
Foi poupado no último jogo. Como foi a conversa com o Carille? Ele falou algo sobre a Copa do Brasil?
Sim, fui poupado, era algo previsto pela comissão técnica mesmo, para descansar um pouco e o time poder manter o alto nível, com todos os jogadores 100%.
Você e Romero são os jogadores que mais sofrem com essa maratona até a Copa do Mundo. Tem algum trabalho específico?
É, como falei, nossa função ali é de intensidade todo tempo, de voltar para ajudar na marcação e criar as jogadas na frente, sair rápido nos contra-ataques. Acho que não só a gente, mas todo o elenco vai precisar descansar, vai rodar, e o bom é que temos um grupo de qualidade que pode manter essa boa sequência.
Ano passado, você ganhou a posição de Jadson e não saiu mais. Esse ano, tem tido a concorrência principalmente de Mateus Vital. Acredita que a disputa por vaga está mais difícil este ano?
No Corinthians sempre vai ser assim. A disputa no fim é bom para todo mundo. Ano passado, cheguei, consegui ajudar saindo do banco e pude ganhar uma sequência como titular depois. Esse ano é manter o que vem dando certo e até melhorar, porque a cobrança sempre vai ser grande.
Tem uma meta de gols e assistências?
Não procuro ficar criando metas, mas espero ser melhor que o ano passado em gols e assistências. O principal é estar bem, taticamente ou com gols e assistências, para poder ajudar o Corinthians a buscar coisas grandes nas competições.