O São Paulo já escolheu quem será o substituto de Dorival Júnior, informado de sua demissão na manhã desta sexta-feira. O uruguaio Diego Aguirre é o nome que a diretoria aprova para formar uma comissão técnica com André Jardine, atualmente técnico interino, e o diretor executivo de futebol Raí afirma que faltam detalhes para o anúncio.
Aguirre foi uma sugestão de Lugano, superintendente de relações institucionais, e vem sendo estudado pela diretoria do São Paulo há semanas. Ao longo das últimas reuniões que foram dando novos votos de confiança a Dorival, representantes do Tricolor buscaram informações sobre o uruguaio. Aprovaram o que ouviram e, com a definição da troca de comando, já adiantaram conversas com o representante de Aguirre.
Ainda faltam detalhes para o acerto, mas existe no clube até uma expectativa de que o treinador já estreie na quarta-feira, contra o CRB, em Maceió, pela Copa do Brasil - o clube pode perder por até um gol de diferença para avançar à quarta fase do torneio. A proximidade do anúncio ficou clara na entrevista coletiva dada por Raí nesta sexta-feira, apesar de ele ter se esquivado de citar o nome de Aguirre ou até de falar se o novo técnico será estrangeiro.
— Já temos um nome. Foi unanimidade entre quem participou da decisão e está bastante avançado, mas ainda em negociação, por isso não darei detalhes ou nomes. Não darei prazo para definir a negociação, mas está adiantado e deve fechar nos próximos dias — disse Raí, evitando comentar sobre o colombiano Juan Carlos Osorio e o argentino Edgardo Bauza, que deixaram o Tricolor recentemente para comandar seleções.
— Os estrangeiros que passaram por aqui saíram por razões óbvias. Mas prefiro não dar pistas,. Há detalhes a serem negociados, então prefiro não falar nem se é estrangeiro. Só digo que o novo técnico segue perfil do Jardine, com postura, experiência e estilo exemplificado no Jardine, com padrão de jogo e time que se impõe. Queremos padrão de jogo, com regularidade, segurança defensiva, mas propondo o jogo com muitas alternativas de ataque — completou Raí.
No Brasil, Aguirre comandou o Inter, chegando à semifinal da Libertadores de 2015, e o Atlético-MG, parando diante do próprio São Paulo nas quartas de final de 2016. Seu último trabalho foi no San Lorenzo, da Argentina. Como atacante, defendeu o Tricolor ao lado de Raí em 1990. Como técnico, tem ainda como credencial ter levado o Peñarol à final da Libertadores de 2011, perdendo para o Santos de Neymar.