Perder virou mania na NBA. E a ideia pode ter atingido o ápice com a utilização da análise de desempenho para perder o máximo possível de jogos com embasamento científico. A ideia, que tem se expandido nos últimos anos na liga, é que os times que não têm chances de playoffs decidem perder o quanto for possível para ter uma escolha mais alta no draft e, assim, acelerar e qualificar o processo de reconstrução.
De acordo com Brian Windhorst, jornalista da ESPN dos Estados Unidos, os times estão usando os mecanismos de análise de desempenho para determinar quais são as piores combinações possíveis de quintetos. Assim, vão para a quadra simultaneamente jogadores com estilos que não se encaixam. O processo é chamado pelos americanos de "tanking".
"O que parece aumentar este ano é um uso mais ativo do 'tanking'. Há departamentos de análise inteiros que são estabelecidos para descobrir os melhores cinco jogadores para estar em quadra em qualquer situação, e os técnicos recebem dados que os ajudam na preparação. O que os executivos da NBA me detalharam é que há análises inversas ocorrendo, onde técnicos potencialmente recebem dados de quais quintetos podem não ser bem-sucedidos, e nós certamente estamos vendo isso com o Dallas Mavericks", disse o jornalista, em um trecho citado pelo Yahoo Sports.
O exemplo mais conhecido de "tanking" recentemente foi o Philadelphia 76ers, que esteve entre os piores times da liga nas últimas quatro temporadas. O processo rendeu talentos do draft como Joel Embiid, Ben Simmons e Markelle Fultz.
Atualmente, o Mavericks é o 12° colocado na Conferência Oeste, com 19 vitórias e 42 derrotas. A pior campanha da liga pertence ao Phoenix Suns, com 18 vitórias e 44 derrotas.