A informação trazida no Globo Esporte de quinta-feira, pelo repórter Eric Faria, serviu para sacudir o mercado da bola no Rio Grande do Sul neste fim de ano. Renato Portaluppi estaria empenhado em trazer Adriano para o Grêmio. Os dois teriam conversado durante o Jogo das Estrelas de Zico, no Maracanã, na noite anterior.
A notícia movimentou a torcida tricolor, a imprensa gaúcha e os dirigentes do Grêmio, que se apressaram em negar a negociação. Não há dúvida de que seria uma jogada de marketing. Mas tal investimento seria necessário? Pelo desempenho recente do “Imperador”, creio que não.
Desde 2010, Adriano entrou em campo 39 vezes por cinco times diferentes: Flamengo, Roma, Corinthians, Atlético-PR e Miami United. Fez apenas 19 gols, sendo 15 deles ainda em 2010. Nos últimos três anos, jogou apenas duas vezes. Nesta temporada, não entrou em campo. A possibilidade da sua contratação não combina em nada com o jeito Romildo Bolzan Júnior de fazer futebol e administrar um clube.
EXTRAVAGÂNCIA – Desde que assumiu o Grêmio em 2015, o presidente tornou-se até repetitivo, salientando a política de contenção de despesas e destacando que o time não faria investimentos astronômicos. Apostou em atletas com pouco crédito. Eventualmente, poderia se fazer uma extravagância, como foi com Bolaños.
NÃO SERIA PIOR – Com toda dúvida que paira sobre como Adriano voltaria, tenho certeza de que o desempenho dele seria superior ao de Jael. É fácil perceber onde um já chegou e o outro jamais chegará. Entretanto, o profissionalismo atual do futebol não permite loucuras desmedidas ou pensamentos mágicos na busca de resultados.