A lutadora Erica Paes desempenhou um papel importante na construção da personagem Jeiza, vivida pela atriz Paolla Oliveira na novela que bateu recordes de audiência, a Força do Querer, da Rede Globo. Esportista desde os seis meses de vida, quando teve os primeiros contatos com a natação, passou também pelo vôlei. Porém, foi aos 12 anos que se encontrou no jiu-jitsu.
— Eu levava desvantagem nas brigas com meu irmão. Peguei um kimono em casa e fui praticar jiu-jitsu. Não saí mais — descreve sorrindo.
Para participar da trama de Gloria Perez, o convite surgiu em 2015.
— Foi uma grande honra poder participar, mostrar uma vida toda dedicada ao MMA. Foi feito com maestria e está aí o resultado. Um sucesso de audiência na televisão brasileira. Eu tinha feito Malhação em 2015. Quando surgiu o convite da Gloria Perez, desde o primeiro contato ela já tinha dito que eu faria parte da trama. Me preparei com a professora Roberta Chaves. Estudei bastante, com aulas particulares. Saí com elogios dos atores e produção — conta.
Para deixar Paolla Oliveira bem próxima de uma lutadora, os treinos foram desenvolvidos com muita dedicação.
— A Paolla tem como principal virtude a humanidade. Ela é muito humana, tem alma humilde. Ela pergunta, quer saber a opinião. Os treinos foram sérios, puxados e com requintes técnicos. A Paolla Oliveira abraçou o trabalho para passar a realidade. Algumas pessoas diziam que ela não iria segurar, aguentar o ritmo, mas eu bati o pé e garantí que a Paolla era a melhor pessoa e que iria dar tudo certo — relatou.
Erica Paes tem um grande feito na carreira: foi a única a derrotar a atual campeã peso pena do UFC, Cris Cyborg. Em 2005, na estreia de Cyborg como profissional, Erica conseguiu uma finalização no primeiro round.
— Eu sou admiradora da Cris Cyborg. Venci com uma chave de joelho dupla. Hoje, não vejo ninguém em condições de derrotá-la — crava.
Voltar a lutar não faz mais parte dos planos da paraense. A meta com sua equipe passou a envolver ações sociais pelo país e a expansão de uma série de cursos de defesa pessoal para mulheres.
— Nós precisamos mostrar que podemos nos defender, somos formadoras de opinião — disse a atleta, que divulga a campanha "Eu sei me defender".