Um dos advogados de Carlos Arthur Nuzman, Nélio Machado, chamou de ilegal, desnecessária e abusiva a prisão do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), decretada nesta quinta-feira, e afirmou que tentará reverter a medida.
— Considero a prisão desnecessária, abusiva e ilegal. Temos um habeas corpus já impetrado, eu vou acrescentar ao meu pedido que se examine a manutenção ou não dessa medida construtiva que é de todo desnecessária — disse Machado.
O advogado já havia entrado em setembro com um pedido de habeas corpus para que Nuzman tivesse de volta seus passaportes, que haviam sido apreendidos no início da operação, um desdobramento da Lava Jato. Ele disse que os atos lesavam os diretos de liberdade e locomoção do cliente.
Por causa disso, ele não pôde comparecer à Assembleia do Comitê Olímpico Internacional em Lima, no Peru, que definiu Paris e Los Angeles como sedes das edições de 2024 e 2028 dos Jogos Olímpicos.
Nuzman e o ex-diretor de operações do Comitê Rio-2016, Leonardo Gryner, foram presos temporariamente. Eles ficarão detidos por cinco dias, o que poderá ser prorrogado e a pena pode se tornar prisão preventiva.
A prisão foi decretada após a descoberta de novos emails e alterações na declaração de Imposto de Renda de Nuzman, que reforçaram a tese do MPF de que o cartola atuou na compra de votos para que o Rio de Janeiro fosse eleito sede dos Jogo do no passado.