Se alguém tem dúvida que a Série B é mais complicada que a Série A que se apresente para entrar no baile. E se prepare para dançar muito, dentro e fora do ritmo. O Boa Esporte, na sexta-feira (22), no empate com o Juventude limitou-se a defender. Formou um bloco constituído por duas linhas hermeticamente fechadas de quatro homens em cada uma delas. Arriscou-se a contra-atacar na base da correria e empolgação. E abusou de praticar o "anti-jogo", só tardiamente punido pela arbitragem que tem o maldito hábito de não enxergar durante a maior parte das partidas. Os cartões amarelos para coibir as faltas e as lesões fictícias só aparecem no finalzinho, quando tudo já está resolvido.
O Juventude precisava vencer. Porque somando os três pontos, pela nossa matemática estaríamos virtualmente livres do descenso. Somamos um pontinho, melhor do que nada, mas, para as circunstâncias foi pouco. E se vencessem, os "Papos" teriam ingressado no G4. Dai, a decepção.
Há que se reconhecer que o primeiro tempo foi mal jogado pelo Juventude. Faltou criatividade no meio do campo e, por consequência, a possibilidade de lances agudos. O Juventude demorou quarenta e cinco minutos para se dar conta que era ele o dono da casa - e não o visitante. Ficou devendo.
No segundo período, o crescimento natural, empurrando o Boa Esporte para trás, puxado pelo vibrante incentivo da Papada. Mas, nem a gritaria resolveu a parada.
Ainda não consigo entender esses sistemas que deixam isolados os centro-avantes para serem marcados por dois ou três zagueirões sem que ninguém faça a aproximação. O Juventude só melhorou com a entrada de Wallacer no lugar do apagado Leílson. Aí, o time ganhou em movimentação e rodou mais a bola.
Tudo ainda está em processo de espera. Nada perdido. Sem nenhuma razão para terra arrasada. Muita água terá que passar por baixo da ponte...