A grandeza de um está intimamente ligada a grandeza de outro. E nem sempre os momentos são tão diferentes assim. Há vezes em que a gangorra está equilibrada. Por cima e por baixo. Como agora.
Chegamos ao fim de agosto com Internacional e Grêmio eliminados juntos da Primeira Liga. Uma competição que eles ajudaram a criar ainda no fim de 2015. E juntos ajudaram a destruir. Ajudaram a desmerecer. Ajudaram a desdenhar. Pois quem joga sem querer ganhar, não pode nem pensar em disputar. E quando caem fora, desdenham: "Não queríamos mesmo. Não leva a lugar nenhum."
A Dupla Grenal chega no fim de agosto irmanada nas eliminações em 2017. Os dois caíram no Gauchão; os dois caíram na Copa do Brasil; os dois caíram na Primeira Liga. Restam para o Grêmio a Libertadores e o Brasileirão. Resta para o Inter o fim do sacrifício de passar um ano na penosa Segundona Brasileira.
Acho que o Inter poderia ir melhor que o Grêmio. Não havia necessidade de poupar tantos titulares contra o Atlético no Beira-Rio. Tanto que bastou o uso de dois (Edenílson e Sasha) no segundo tempo que o colorado empurrou o Galo para a defesa e só não empatou graças a uma noite iluminada do goleiro Giovanni. Porque o Inter abriu mão de uma taça? Para poupar titulares e colocar num amistoso contra o Cruzeiro-RS neste sábado? Inexplicável.
Já o Grêmio usou a tática de abandonar a competição lá em fevereiro quando nem Renato foi a Brasília encarar o Flamengo. Nesta semana, com jogo sábado pelo Brasileirão, contra o Sport, e sendo a partida com o Cruzeiro em BH, aceitei mais a iniciativa de reservas e reservas dos reservas. A Dupla ficou feliz por ter caído fora.