Mais cedo ou mais tarde, qualquer dia desses, a gente sabia que iria acontecer. Plenamente cientes da realidade. Portanto, a derrota sofrida diante do Ceará não nos fez "cair na real". Nós estamos alertas, de plantão, desde que a Série B começou. Por isso, repeditamente, até cansar, ou até que os pontos necessários para a salvação sejam conseguidos, nós continuaremos pensando com os pés no chão e a cabeça no lugar.
Há quem não acredite, há os que duvidem e achem que estamos blefando, como quem está "se fazendo". Podem pensar o que quiserem. O Juventude traçou um projeto de permanência na Série B para 2017 e que muito representa em termos de conceito nacional e rendimentos financeiros, embora, nesta temporada, por termos vindo da C, os valores não sejam tão expressivos.
É evidente, porém, que estamos semeando. Estamos ocupando as manchetes nacionais, angariando simpatias e respeito. A maioria dos nossos jogos tem sido transmitida diretamente para o Brasil inteiro. Com isso, consolidamos o prestígio já adquirido e nos firmamos com um dos clubes do interior mais competentes do país.
Perdemos por dois a zero com dois gols logo no início da partida. Por descuidos e desatenção. Talvez, por não estar com a cabeça no lugar na hora certa. Houve indecisão na linha de zaga, coisa que não podia ter acontecido. O primeiro gol, tão cedo, nos apanhou de surpresa que sequer deu tempo para acusar o golpe. Provalmente, se pensou que reagríamos em seguida. E nem sempre é possível.
Agora vem uma baita pedreira. Pauleira pura: o CRB está crescendo na competição e sua vitória contra o Internacional é um atestado de evolução e um sinal de alerta. Mas, eles jogarão, na terça-feira, sob um frio de quase zero grau, conforme as previsões do Cléo Khun. Só que a maior parte dos nossos jogadores procede de outros estados. Então, não haverá vantagens climáticas.