Depois de o presidente do São Paulo se eximir de qualquer responsabilidade direta, o atacante Lucas Pratto chamou a responsabilidade pela demissão de Rogério Ceni para os jogadores.
O argentino disse nesta quarta-feira que o elenco não conseguiu colocar em campo o que o treinador pedia nos treinamentos.
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– Nosso desempenho foi muito ruim, muito abaixo, tanto tecnicamente quanto taticamente. Nós não conseguimos fazer o que a comissão técnica pedia. Vocês conhecem o bom trabalho do Ceni, muito bom treinador, e sua comissão técnica muita capacitada, que se capacitou muito para treinar o São Paulo. Vocês viram no último jogo, que tomamos um gol e cinco minutos depois outro. É muito difícil. O grande problema foi não ter conseguido colocar nos jogos o que fazíamos na semana – disse Pratto.
– Se falar que estamos felizes, é... Como toda saída de treinador é responsabilidade nossa, dos jogadores. O momento não é como pensávamos quando começamos o Brasileiro, ou nos Estados Unidos. É um golpe muito forte, muito triste para nós. Mas agora temos que trabalhar, não temos tempo para pensar. Tentar corrigir para conseguir uma vitória contra o Santos por nós e pela comissão técnica que foi demitida – completou o argentino.
Na entrevista desta quarta, Pratto também disse que Rogério não pedia mágica aos jogadores e falou sobre a má fase do time e dele. São seis jogos sem marcar gols, mesmo período em que o Tricolor não vence no Brasileiro. O centroavante acha que não está tendo boas chances para finalizar. Veja os melhores trechos da entrevista coletiva:
A diretoria dizer que não demitiria Rogério Ceni e fazer isso depois faz desanimar?
Não. Desanimar, não me desanima nada. Se eu tivesse desanimado por derrotas, maus momentos, tenho de deixar de ser jogador. Lamentavelmente, estou triste porque se foi um grande treinador, uma grande pessoa, com uma comissão técnica muito capacitada, que se doava muito. E nós não conseguimos. Mas seja quem for que chegar, temos de nos animarmos, porque precisamos de vitória rápida.
Chance de rebaixamento
Joguei em um time que recém subiu, que depois jogou final contra o São Paulo, o Tigre. Jogou na Série A depois de 30 anos na B. E joguei, com muita coisa ruim na Argentina. Eu não tenho medo de dar a cara em nenhum momento. O que temos é de mudar muito nosso pensamento, nosso compromisso. Temos de melhorar muito.
Saída de Ceni pode ser boa?
Depende muito se conseguirmos resultados rápidos, independentemente de quem seja o treinador. Temos de trabalhar essa semana, mesmo devemos não ter treinador domingo. Temos de fazer tudo o que o Pintado pede. E ter a confiança em nós mesmos. Somos nós que estamos em campo, nós que ganhamos ou perdemos os jogos. Depois treinador, diretoria, que podem contratar mais jogadores ou não, mas quem são os responsáveis somos nós.
Santos
Jogo difícil, contra um time que tem Libertadores agora, e que também não está tão sólido, e temos que aproveitar isso. Temos de aproveitar que estamos mais descansados.
Era difícil aplicar o que o Rogério pedia aqui no Brasil?
Eu acho que não era que queríamos fazer mágica. Jogamos com três zagueiros, na história do São Paulo foi campeão assim. Às vezes jogamos com três volantes e três atacantes, que todo mundo joga assim. Acho que não tivemos regularidade para conseguir vitória. Alguns jogos bons, contra o Atlético-PR, contra o Sport, que fomos superior. Não é uma questão de que tinha uma ideia muito diferente, e sim não conseguimos os resultados e o que ele queria dentro do campo.
Seca de gols e de vitórias estão relacionadas? Está ficando isolado?
São seis jogos sem fazer gol. Acho que não estou conseguindo finalizar fácil. A última vez foi contra o Atlético-MG. Depois não consegui mais. É uma fase, que todo mundo não está cumprindo com a expectativa. Não estamos conseguindo fazer as jogadas, e as que fazemos por fora não estamos conseguindo cruzar bem. Hoje o treino foi mais para a parte ofensiva. Estamos tentando melhorar. Não estou isolado.
LANCEPRESS!