O decacampeonato da Liga Mundial bateu na trave em 2011 em Gdansk (POL), em 2013 em Mar del Plata (ARG), em 2014 em Florença (ITA) e em 2016 em Cracóvia (POL). E, mais uma vez, agora em casa, com a presença de 23,5 mil pessoas na Arena da Baixada, em Curitiba, o grito ficou entalado na garganta e com requintes de crueldade.
Na sessão-corujão, na madrugada deste domingo (9), a Seleção Brasileira perdeu de virada para a França por 3 sets a 2, parciais de 21-25, 25-15, 25-23, 19-25 e 15-13.
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Ngapeth foi o homem da final. Depois de um primeiro set bem abaixo do padrão normal, o ponta cresceu demais de produção para terminar a partida com 28 pontos. E com direito ao tradicional gancho, em um dos momentos mais equilibrados da partida. E com um ponto de defesa, no tie-break, quando o Brasil tinha vantagem. Craque e também com sorte.
Pelo Brasil a bola de segurança foi Wallace. O oposto cansou de cravar bola dentro da linha dos três metros da França, levantando a torcida em várias ocasiões. Fez 22 pontos. Lucarelli cresceu de produção no fim do quarto em diante. Também terminou com 22 acertos.
– Vôlei é assim. Às vezes bate na trave e entra. O cara fez uma defesa espírita quando tínhamos dois pontos de frente no tie-break. É o início de uma longa caminhada – lamentou o capitão Bruninho ao SporTV, já projetando o ciclo olímpico.
Os times terminaram o jogo muito próximos nos fundamentos. França fez dois pontos a mais no ataque (61 a 59). No bloqueio a vantagem brasileira foi mínima (11 a 10), assim como no saque, mas a favor dos europeus: 2 a 1. Nos erros, o Brasil teve um a mais: 30 a 29. Mostra como a final da Liga Mundial foi parelha.
Um fundamento que merece ser elogiado é a defesa da França. Em determinados momentos parecia que o Brasil enfrentava uma equipe asiática, tamanha a eficiência dos adversários.
Para os franceses, ficam o título e um gostinho de vingança após serem eliminados na primeira fase pelo Brasil na Rio-2016. Para a Seleção fica um gostinho amargo pelo quinto vice nos últimos sete anos na Liga.