A etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul, do Circuito Mundial de surfe (WCT) reservou momentos de tensão para a elite do esporte pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira.
Campeão mundial em 2014, o brasileiro Gabriel Medina teve sua bateria de quartas de final contra o australiano Mick Fanning paralisada por alguns minutos, após o sistema de monitoramento da Liga Mundial de Surfe (WSL) detectar a presença de um tubarão próximo ao local de competição.
Leia mais:
Etapa do Mundial de surfe é interrompida por presença de tubarão
VÍDEO: Filipe Toledo leva nota 10 em onda com tubos e manobras
Kelly Slater fratura pé em treino na África do Sul
A disputa foi retomada em seguida e o paulista se classificou para a semifinal.
Medina vencia o tricampeão mundial por 17,40 a 11,00, a cinco minutos do fim da prova, quando a sirene tocou três vezes, o que marca o sinal de alerta para tubarões. Os jet skis se aproximaram rapidamente para retirar os atletas do local.
Como o tempo de espera foi curto e as condições das ondas não se alteraram, a organização manteve a vantagem do brasileiro na retomada do duelo. O campeão mundial de 2014 levou a melhor por 17,40 a 11,33 e enfrentará na próxima fase o português Frederico Morais, que derrotou o havaiano John John Florence, atual campeão do mundo, por 19,77 e 18,67.
A outra semi envolverá o vencedor da bateria entre o brasileiro Filipe Toledo e o sul-africano Jordy Smith e o ganhador do confronto entre os australianos Matt Wilkinson e Julian Wilson. A WSL optou por adiar a sequência das quartas de final para quinta-feira, às 2h30min (de Brasília), pois Jordy já havia entrado na água duas vezes para competir no mesmo dia.
A classificação de Toledo foi marcada por um show de aéreos do paulista. Como teve a bateria da quarta rodada, contra Smith, paralisada no dia anterior por causa da presença de dois tubarões, a disputa recomeçou do zero nesta quarta.
O brasileiro somou uma nota 9,00 e outra 10.00 para fazer 19,00 pontos e jogar o rival, que somou 17,40, e Wilson, com 13,50, para a repescagem.
Os episódios com tubarões vêm ligando o alerta no mundo do surfe. Em 2015, Fanning foi atacado por um tubarão na final em Jeffreys Bay, contra Wilson, mas saiu ileso.
Na ocasião, ambos aceitaram o empate e dividiram a pontuação dada ao segundo colocado. O fato fez a WSL apostar em tecnologias para detecção rápida dos animais.
Em abril deste ano, na semifinal da etapa de Margaret River, na Austrália, contra Kolohe Andino, Toledo teve sua bateria paralisada pelo mesmo motivo.
*LANCEPRESS