A vitória de Marcelo Melo em Wimbledon, neste sábado (14), ao lado do polonês Lukasz Kubot garantiu ao Brasil o Grand Slam de duplas. Mesmo que estas conquistas dos quatro maiores torneios do mundo não tenham sido em sequência ou obtidas por uma mesma parceria ou até mesmo por um único jogador.
O fato é que desde 2012, os mineiros Marcelo Melo e Bruno Soares tem sido responsáveis pelos principais momentos do tênis brasileiro, após a Era Guga Kuerten. Parceiros na infância, adolescência e em boa parte da carreira adulta, eles resolveram encerrar a dupla em 2013 e optaram por atuar com jogadores de outros países, mas que tivessem características que se encaixavam aos seus estilos.
Leia mais:
Marcelo Melo é campeão nas duplas em Wimbledon
Muguruza dá pneu em Venus e é campeã de Wimbledon
Desta forma, Bruno venceu os Abertos da Austrália e dos Estados Unidos do ano passado, com o britânico Jamie Murray. Antes, em 2013, com o austríaco Alexander Peya chegou à final do torneio norte-americano. Já Marcelo ergueu o troféu de Roland Garros em 2015, com o croata Ivan Dodig, parceiro no vice em Wimbledon dois anos antes.
Neste período, ainda houve tempo para Bruno Soares comemorar três títulos de Grand Slam em duplas mistas, nos Estados Unidos em 2012/14, com a russa Ekaterina Makarova e a indiana Sania Mirza, e na Austrália em 2016 com a russa Elena Vesnina. Já Marcelo Melo chegou a liderar o ranking mundial de duplas em 2015, assim como o fará a partir de segunda-feira, quando os pontos conquistados na grama do All England Club forem computados pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).
Em um país que já teve a Rainha Maria Esther Bueno e o Rei do Saibro Guga Kuerten, nada mais justo que reverenciar dois dos maiores duplistas da história do tênis, pois se conquistar um Grand Slam é privilégio de poucos, vencer todos eles é algo que merece destaque entre os principais feitos esportivos de um país voltado apenas para o futebol.