Conhecido por rompantes agressivos quando era jovem, o atacante Kleber, do Coritiba, parecia ter se acalmado nas últimas temporadas. O bom 2017 até aqui indicava um Gladiador mudado, mas no empate em 0 a 0 desta quinta-feira (15), diante do Bahia, o jogador voltou aos tempos de confusões.
Kleber distribuiu cotovelada, soco e cusparada no Couto Pereira. A primeira vítima foi Zé Rafael, seu ex-companheiro no Coxa, que tentou roubar-lhe a bola. O atacante abriu o braço e acertou-o com o cotovelo. Logo após o lance, Edson, do Bahia, tomou as dores de Zé Rafael e discutiu com o Gladiador. O mesmo Edson foi vítima de um soco de Kleber em lance na área do Coritiba, após cobrança de escanteio favorável ao Bahia. O árbitro não viu, apesar das reclamações de pênalti dos baianos. A rixa com Edson ficou, e Kleber fechou o "dia de fúria" com uma cusparada no jogador do Bahia. Segundo o árbitro Wagner Reway, Edson revidou com outro cuspe, o que motivou a expulsão dos dois jogadores.
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Após a partida, o técnico do Coritiba, Pachequinho, foi questionado a respeito do comportamento de Kleber, mas preferiu não comentar por não ter visto em detalhes os lances em que o jogador se envolveu. Quem se posicionou foi o diretor institucional do clube, Ernesto Pedroso, que saiu em defesa do atacante:
– Não vejo necessidade nenhuma de advertência. Um jogador da qualidade dele. No calor da partida, tudo é factível. Não vejo com maldade. Mas o jogador do Bahia deve ter sido extremamente grosseiro. (O Kleber) é um jogador que merece meu respeito e da torcida – afirmou à Rádio Banda B.
– O Kleber é um atleta extremamente responsável, como atleta e ser humano. Tem 33 anos, um camarada que toma pancada adoidado, é um jogador que disputa a bola com contato – destacou Pedroso.
Do lado do Bahia, quem rebateu foi o presidente Marcelo Sant'Ana, que escreveu em seu perfil no Twitter:
"Minha solidariedade a Edson. É difícil ser agredido com soco, tomar cusparada, não revidar e ser expulso".
Ainda que Sant'Ana tenha afirmado que Edson não revidou, o árbitro Wagner Reway relatou em súmula que Kleber cuspiu em Edson, que devolveu o gesto "instantes depois".
A avaliação do dirigente do Bahia é semelhante às críticas que Kleber recebeu nas redes sociais. O tom dos questionamentos variou entre brincadeiras e ponderações mais contundentes, mas foi raro perceber manifestações de apoio à atitude do jogador.