Há 27 anos, venho fazendo uma sugestão via ofício aos segmentos envolvidos nas competições do futebol profissional, entre eles a Federação Gaúcha de Futebol, a diretoria do Grêmio e a setores da imprensa gaúcha, em especial aos comentaristas esportivos da Rádio Gaúcha.
Um conhecido comentarista das antigas até me respondeu, argumentando que era contra a minha ideia, porque faria o futebol perder a graça ao não ter lances polêmicos a serem discutidos após os jogos.
Felizmente, estamos vendo a conscientização de todos o setores envolvidos no futebol brasileiro da necessidade da utilização dos meios eletrônicos, especialmente do árbitro de vídeo. Pois vale a pena interromper um jogo por dois ou três minutos para avaliar lances decisivos, que por vezes poderá definir a conquista de um título.
Há alguns anos, o Grêmio foi prejudicado pela marcação equivocada, pela arbitragem, de um impedimento do Jardel no confronto entre Grêmio e Palmeiras pela Copa do Brasil de 1996. A marcação errada impediu que a equipe gremista passasse à fase seguinte, ou seja, à final da competição daquele ano. Perdendo a possibilidade da conquista de mais um título e, por causa disso, tendo enormes prejuízos financeiros, considerando apenas a receita gerada pela renda de dois jogos de uma final.
Portanto, não é justo que as equipes façam grandes investimentos na reformas de seus estádios ou na construção de novas arenas, bem como realizarem contratações de bons atletas, com altos salários, sejam prejudicados em consequência de erros de arbitragens. Principalmente porque eles podem serem evitados, com a tão necessária utilização dos meios eletrônicos.
Acredito que a arbitragem, inclusive, será a maior beneficiada pela adoção dos meios eletrônicos, já que o vídeo irá facilitar o trabalho de toda equipe, formada por seres humanos e, por isso, passíveis de decisões equivocadas.
Ficamos na expectativa e na torcida, a fim de que realmente tenhamos a aprovação e a viabilização do árbitro de vídeo, proporcionando resultados sem erros de arbitragem.