O 3 de junho de 2017 colocou um ponto final sobre a mais controversa discussão do futebol em nosso tempo e decretou: Cristiano Ronaldo é o maior jogador de todos os tempos. Messi, não. Maradona, não. Ronaldinho, não. Pelé? Estou tentando falar sério.
É difícil entender como um jogador que alia desempenho, números, conquistas e liderança, além de um comportamento extracampo exemplar, é tratado com tamanha má vontade pelo público. Talvez por ter decidido dedicar sua vida ao esporte e ficar fora das manchetes, talvez seja por seu abdômen e sobrancelhas feitas, ou quem sabe devido aos chiliques ao não receber um passe. Sua sexualidade? Todos os seus feitos são "esvaziados", diminuídos sempre que existe a mínima oportunidade.
Quando revisitadas as carreiras dos monstros sagrados desse esporte, percebemos que são átomos diante do português. Ronaldo, Romário, Zico, Maradona, Zidane e tantos outros desaparecem diante dos números de Cristiano. Pesquise, compare e aceite. Espero que não existam canalhas o suficiente para exigir um título de Copa com Portugal. Não vamos apelar para a desonestidade.
Alguns pontos como ser o maior artilheiro do clube mais vencedor do mundo, campeão da Eurocopa e ter vencido também na Inglaterra são feitos notáveis que fazem com que Lionel Messi e sua comodidade na Catalunha, além de omissão com a camisa Argentina, fique para trás.
A artilharia de competições nunca foi suficiente, pois os gols eram apenas em jogos sem importância, os prêmios individuais não tinham valor, pois ressaltavam seu alegado egoísmo, os títulos eram por ser parte de grandes esquadrões, não por ser talentoso.
A defesa da Juventus, com toda a tradição italiana e liderada por ninguém menos que Buffon e Chiellini, rendeu-se de joelhos a CR7 servindo como prova final do crime cometido pelo goleador: ganhar, ganhar e ganhar.
Hoje, a discussão sobre quem é o maior jogador em todos os tempos está encerrada. Ódio, admiração, argumentos e teses já não fazem mais qualquer diferença. Messi, talvez o mais talentoso a ter pisado no planeta, está muito bem acompanhado no segundo escalão do panteão dos deuses do futebol. Lá estão Nazário, Maradona, Romário, Zidane, Zico, Platini, e tantos outros artistas que hoje aplaudem de pé o maior de todos.