Sábado à noite, no Alfredo Jaconi, o Juventude começará, aos pouquinhos, a traçar um roteiro para o seu futuro na Série B. Claro que é muito precoce, mas o jogo contra o Paraná tem esse aspecto peculiar. Se vencer somará sete pontos sobre nove disputados em três partidas. O que lhe dará confiança, abrindo perspectivas promissoras. No caso de uma derrota, o efeito será o exato contrário.
Ou seja: as contas terão que ser calculadas em função de classificação média-baixa, com riscos de rebaixamento. Para muitos é cedo para tal tipo de vaticínios. Para mim, também. Apenas, porém, de certo modo. A história das competições ensina que é preciso pontuar o quanto antes possível.
Leia mais:
Juventude terá ao menos uma mudança para enfrentar o Paraná
Ex-Ju e Brasil-Pel, Diogo Oliveira fala sobre novo desafio no Paysandu
Atacante do América-MG ganha R$ 210 mil no pôquer
E mais uma vez não custa ser recorrente: ao Juventude, por enquanto, só interessa, primacialmente, conservar-se dentro desta divisão, deixando para aspirar e lutar pela primeira, quando realmente a hora soar e isso bem mais adiante. Pés no chão e cabeça no lugar tem sido o nosso lema especialmente para essa temporada. Sem invalidar o direito de sonhar.
De resto, o time ainda está em construção. De minha parte, acho que está demorando. Mas, dou um tempo até o desfecho da quarta rodada. O treinador Gilmar Dal Pozzo parece que já conseguiu definir a estrutura defensiva, tanto na titularidade quanto nos reservas imediatos. E para compor o ataque, os jogadores preferenciais também conquistaram seu espaço. O que falta, no entanto, é não só a formação ideal do meio-campo, como a sua maneira de jogar. A bola não está parando e nem passando por esse setor. Está nos faltando passe e posse de bola. E, claramente, o treinador, diante de múltiplas opções, ainda não encontrou a composição mais adequada.
Será uma partida de muita garra, sabendo-se que um dos pontos fortes do Paraná é a sua velocidade. Um time que joga com muita intensidade. Adversário do mais alto respeito. Esperamos que a supremacia do Juventude na estatística total dos jogos contra os paranaenses continue prevalecendo. Até aqui, em 111 jogos, 43 vitórias do Ju, 31 empates e 37 derrotas contra os mais diversos clubes araucarianos. Um bom e confortável saldo.