O Boston Red Sox confirmou, na noite desta quarta-feira, a expulsão de um torcedor no dia anterior por conta de um ato racista durante a partida da equipe contra o Baltimore Orioles pela temporada regular da Major League Baseball (MLB). Inicialmente, havia a suspeita de que o ato era direcionado ao outfielder Adam Jones, do Orioles, mas o comunicado do Red Sox explica que era para outro torcedor do time de beisebol.
"A organização Red Sox não irá tolerar o uso de insultos racistas no Fenway Park, e nós pedimos desculpas aos atingidos. Não há lugar para epítetos racistas no Fenway Park, no beisebol ou na nossa sociedade", diz a nota.
Leia mais:
Yan Gomes tem bom começo de temporada pelo Cleveland Indians
Dodgers ultrapassa o Lakers como o time mais popular de Los Angeles
Montreal, no Canadá, consegue investidores para ter time na MLB
O caso foi relatado inicialmente por Calvin Hennick, um morador de Boston que levava seu filho pela primeira vez a um jogo do Red Sox no estádio – era o aniversário de seis anos da criança.
O torcedor responsável pelo ato racista teria feito uma referência preconceituosa durante a performance do cantor no hino nacional. Hennick pediu para o homem repetir o que havia falado, o que aconteceu. Então, Hennick chamou os seguranças, que retiraram o torcedor do local.
O Red Sox disse que a entrada do homem não será mais permitida no Fenway Park e que o caso foi encaminhado ao Departamento de Polícia de Boston.
Histórico de segregação
O beisebol teve uma história dividida por etnias. Até os anos 1940, atletas afro-americanos não eram aceitos na Major League Baseball (MLB). Por isso, foram criadas as chamadas "Negro Leagues".
Primeiro afro-americano a jogar na MLB, Jackie Robinson virou uma lenda – o seu número 42 é aposentado atualmente por todos os times. No dia 15 de abril de cada ano, no entanto, todos os jogadores da liga usam o número nas partidas.
*ZHESPORTES