O Novo Hamburgo estreia na Série D diante do São Bernardo, no próximo domingo, às 16h. O novo técnico do time, Ben Hur Pereira, está tendo dificuldades na montagem da equipe. Para o primeiro jogo, que ocorrerá no Estádio do Vale, o comandante anilado revelou que já precisou alterar o planejamento algumas vezes, por conta de problemas de inscrição.
Leia mais:
Dos 11 titulares campeões gaúchos, apenas Preto seguirá no Novo Hamburgo para a Série D
Caxias empresta três jogadores para o Novo Hamburgo
Vice do Novo Hamburgo desabafa, muda de ideia e decide ficar para garantir participação na Série D
Ainda que enfrente tais dificuldades, Ben Hur Pereira, que é morador de Novo Hamburgo, está otimista quanto à campanha do clube no torneio nacional.
- A gente sabe que não era o time que o torcedor gostaria, alguns atletas não são conhecidos, mas acho que se montou uma boa equipe e agora eles têm que se mostrar para o torcedor.
Confira a entrevista com o treinador:
Você já montou um time titular ideal para iniciar a campanha na Série D?
Na verdade a gente teve um pouco de dificuldade até a definição dos atletas do grupo. Alguns ainda estão chegando. Nos apresentamos segunda-feira, treinamos com bola três dias, hoje será o quarto. Temos uma dificuldade também pela liberação do BID, alguns vieram emprestados, outros contratados. Mas, na minha opinião temos uma boa equipe. A falta de ritmo é um problema, pelos que ficaram e não estavam jogando, mas que bom que estavam trabalhando e ficaram apenas sete dias parados. Claro que em seis dias a gente fazer a parte técnica, física e tática também não é fácil.
Qual é o tamanho do grupo do Novo Hamburgo hoje?
A gente tem na base de 21 jogadores confirmados, com três goleiros. Quando entrar o quarto goleiro serão 22. A gente quer trabalhar na base de 25. O Dê, volante chega hoje. Está correndo na base que a gente queria.
O clube tentou o adiamento da primeira rodada, mas não conseguiu. Qual era a intenção de vocês ao fazer esse pedido?
Tentamos, mas infelizmente não deu. A gente queria ganhar uns quatro dias, principalmente para fazer jogo-treino. Nós estamos treinando com bola a poucos dias e não tivemos enfrentamento. Nem sabemos o ritmo que eles vão estar nesse jogo.
Como tantas dificuldades, como o time está se preparando para esta estreia?
A gente tinha uma ideia de equipe, montou a base, mas a cada dia a gente consegue treinar os atletas e depois aguarda a questão de liberação. Isso aí está incomodando um pouco. Hoje eu contava com dois jogadores e recebi a notícia que não estavam liberados, já tenho que treinar uma equipe sem eles. Algumas posições a gente ainda tem um pouco de dificuldade
Qual a responsabilidade sua e de seus jogadores para a disputa de uma competição nacional após o título gaúcho?
Para mim é um desafio. Sou morador de Novo Hamburgo, disputei a Série D com o clube. No ano passado tivemos 20 dias de pré-temporada e dois amistosos. Dessa vez a dificuldade é maior. A gente conhece a maioria dos jogadores, é que mudou muito e foi pouco tempo. O clube teve a coragem e precisava ter, era importante disputar. Ano que vem tem Série D, quem sabe C. Tem Copa do Brasil. Então vai dar para se programar com tranquilidade.
Como está a comunidade de Novo Hamburgo após o título estadual?
A comunidade está cheia de camisas de Novo Hamburgo. É um grande momento de crescer em torcedores, ter mais apoio, a gente recebe visitas no estádio. Eu sou morador de Novo Hamburgo, a gente tem esse reconhecimento. A gente sabe que não era o time que o torcedor gostaria, alguns atletas não são conhecidos, mas acho que se montou uma boa equipe e agora eles têm que se mostrar para a torcida. A exigência é maior, o time é campeão. Ninguém pergunta das dificuldades, eles querem saber dos resultados.