A Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) da Bolívia contestou,por meio de nota oficial, as informações da CNN em Espanhol, de que a apólice de seguro do avião da companhia aérea boliviana LaMia, que levava a delegação da Chapecoense em novembro e caiu próximo a Medellín, estava suspensa quando o acidente aconteceu e a aeronave não podia voar na Colômbia. Conforme a autoridade, porém, não houve notificação se o seguro está pago.
A nota da entidade boliviana informa que o seguro foi feito para o período de 10 de abril de 2016 até 10 de abril de 2017 (um ano) – o acidente aéreo ocorreu em 29 de novembro. No entanto, o comunicado "ressalta que não foi informada pela operadora (LaMia) e assegurador que a aeronave estava sem cobertura por falta de pagamento". O DGAC não contesta a cláusula de exclusão geográfica, que incluiria a Colômbia como destino, entre outros países.
Conforme documentos obtidos pela CNN, a suspensão do seguro consta em uma carta enviada pela seguradora Bisa aos gerentes da LaMia em 21 de fevereiro deste ano. Já a não cobertura de voos para a Colômbia aparece na própria apólice, renovada em 10 de abril de 2016. Mesmo assim, a companhia aérea conseguiu autorização para ao menos oito destas viagens, de acordo com históricos de aviação.
De acordo com o que foi repassado a dirigentes da Chapecoense pouco depois do acidente, o seguro da LaMia seria de US$ 25 milhões, mas até hoje não foi pago. Em março, familiares das vítimas negaram uma proposta de acordo. Na época, o clube informou o posicionamento da resseguradora contratada pelo voo da LaMia, que apresentou argumentos de que não tem obrigação de pagar nenhuma indenização por conta de infrações da companhia aérea. A proposta negada era de indenização individual e igualitária de U$ 200 mil (R$ 620 mil) diante da assinatura de um termo de quitação de dívida.
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