Ao menos 140 milhões de dólares foram desviados da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol) entre 2000 e 2014, no escândalo conhecido como "Fifa gate", revelou o presidente da instituição, Alejandro Domínguez.
Uma auditoria contratada pela confederação chegou ao montante, apresentado no 67º congresso da instituição. O relatório foi realizado pela empresa americana Ernest & Young, a pedido de Domínguez no ano passado. O resultado da apuração indicou que "operações suspeitas foram registradas nos períodos entre 2000 e 2014, durante as gestões de Nicolás Leoz e Eugenio Figueredo", ex-presidentes da Conmebol que estão em prisão domiciliar.
Leoz e Figueiredo são acusados no caso de suborno do Fifa Gate, que envolve 40 ex-diretores do futebol mundial, metade deles latino-americanos. Dos 40 acusados, 20 já se declararam culpados para tentar diminuir as penas, que ainda não estão definidas. Os envolvidos são acusados de fraude bancária e conspiração, e podem pegar até 20 anos de prisão. Os demais estão sendo julgados pelos mesmos delitos em seu países.
William Burk, responsável por apresentar os resultados da investigação durante o congresso, revelou que "a auditoria foi realizada durante 10 meses e reuniu quase 2 milhões de documentos eletrônicos".