O Gre-Nal 412 terminou em empatado em 2 a 2, mas, na opinião de quatro comentaristas do Grupo RBS, na comparação jogador a jogador o Grêmio levou a melhor, com placar de 9 a 6 para o Tricolor. Confira a opinião de Cleber Grabauska, Gustavo Manhago , Wianey Carlet e Diogo Olivier.
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Grohe 4x0 Danilo
Cleber Grabauska: Grohe. Nenhum dos dois fez defesa milagrosa. Mas no gol do Fernandinho, não sei não. Alguma coisa aconteceu.
Gustavo Manhago: Marcelo foi melhor. Por uma simples questão: não teve culpa nos gols que sofreu. Danilo falhou no gol de empate do Grêmio.
Wianey Carlet: Grohe. Ainda que se questione o posicionamento de Marcelo Grohe no segundo gol do Inter, Danilo Fernandes comprometeu o resultado ao aceitar o gol de Fernandinho.
Diogo Olivier: Grohe. Nenhum dos dois foi muito exigido, mas a bola de Danilo no gol de Fernandinho era defensável
Léo Moura 4x0 William
Cleber Grabauska: Léo Moura foi mais consciente e eficiente. William entrou"acelerado" e não achou o tom.
Gustavo Manhago: Léo Moura foi melhor, porque arriscou-se mais. William preocupou-se em marcar.
Wianey Carlet: o gremista foi melhor. O colorado pareceu emburrado. O "acordo formal" não apareceu na sua atitude.
Diogo Olivier: Léo Moura. Atacou e defendeu com desenvoltura. William foi um dos piores do Inter. Sentiu a falta de ritmo e mostrou alguma soberba em firulas que resultaram em perda da bola no campo de defesa
Geromel 4x0 Ortiz
Cleber Grabauska: a maior experiência de Pedro Geromel fez muita diferença. Léo Ortiz não se achou no primeiro tempo.
Gustavo Manhago: Geromel foi firme como sempre. O garoto fez um mau primeiro tempo e melhorou no segundo.
Wianey Carlet: o garoto colorado estava atrapalhado no primeiro tempo. Melhorou na etapa final, mas ficou longe de Geromel, o melhor.
Diogo Olivier: nenhum dos dois foi bem para conter o ataque adversário, em jogo de supremacia dos atacantes. Mas Geromel esteve um patamar acima, sobretudo na troca de passes.
Kannemann 2x0 Paulão
Cleber Grabauska: empate. Os quatro gols saíram no lado deles.
Gustavo Manhago: empate por baixo. Os quatro gols foram pelos setores esquerdos das defesas, onde jogaram Kannemann e Paulão. Menos um a menos um.
Wianey Carlet: embora o Inter tenha envolvido Kannemann nos 10 minutos em que marcou seus gols, o argentino foi melhor.
Diogo Olivier: o argentino, sem dúvida. Paulão falhou no gol de Bolaños: entre cobrir Ortiz e marcar Bolaños, que entrou em seu setor, não fez nem uma coisa, nem outra.
Marcelo Oliveira 1x3 Carlinhos
Cleber Grabauska: Marcelo foi regular. Carlinhos rendeu menos que o esperado, principalmente pela lesão.
Gustavo Manhago: Carlinhos foi melhor. Teve mais capacidade quando chegou à frente.
Wianey Carlet: nesta posição, o lateral colorado foi mais eficiente e participativo.
Diogo Olivier: Marcelo Oliveira fez um bom Gre-Nal, mas na comparação com Carlinhos esteve um patamar abaixo, especialmente na parte ofensiva.
Michel 0x4 Rodrigo Dourado
Cleber Grabauska: Dourado. Michel surpreendeu no primeiro tempo, mas foi superado por Dourado, o melhor do Inter depois de D'Alessandro
Gustavo Manhago: Duas boas atuações. Mas Dourado foi mais relevante ao Inter.
Wianey Carlet: Rodrigo Dourado precisou marcar, armar e apoiar. Michel não foi mal, mas Dourado foi melhor.
Diogo Olivier: Rodrigo Dourado. Muito aquém de Maicon, Michel foi discreto. Dourado errou o passe que originou o gol de Bolaños, mas depois se recuperou marcando e participando ativamente nas transições.
Jailson 4x0 Charles
Cleber Grabauska: jogo duro, mas Jailson foi melhor. Charles foi a grande decepção do Gre-Nal.
Gustavo Manhago: Jailson foi melhor. O garoto Charles sentiu o peso do clássico.
Wianey Carlet: o volante gremista foi instável, mas Charles esteve ainda pior.
Diogo Olivier: Jailson nem foi tão bem assim, mas Charles sentiu o peso do clássico, errando passes e até escorregando com a bola dominada.
Ramiro 2x0 Uendel
Cleber Grabauska: Empate
Gustavo Manhago: Ramiro em grande fase, jogou bem em todas as funções que Renato precisou. Uendel fez atuação discreta.
Wianey Carlet: Ramiro. Uendel não repetiu suas boas atuações anteriores. Ramiro foi o motorzinho gremista de sempre.
Diogo Olivier: empate. Os dois foram importantes taticamente nos momentos de superioridade de suas equipes, inclusive participando dos gols de seus times.
Bolaños 3x0 D'Alessandro
Cleber Grabauska: D'Alessandro foi o melhor do Inter. Bolaños, o melhor do clássico.
Gustavo Manhago: Bolaños foi o nome do Grêmio. D'Alessandro teve boa atuação, mas o equatoriano foi fundamental.
Wianey Carlet: D'Ale foi a liderança técnica e moral de sempre. Mas Bolaños foi, simplesmente, o melhor do jogo.
Diogo Olivier: empate em altíssimo nível. O gol do equatoriano poderia ser critério de desempate, mas a atuação do argentino fora de posição na segunda, defendendo e atacando aos 36 anos para equilibrar o clássico, merece igual destaque.
Pedro Rocha 4x0 Carlos
Cleber Grabauska: Pedro Rocha. Sua saída, pelo que estava jogando, não se justificou.
Gustavo Manhago: Pedro Rocha justificou sua escalação pela participação no gol do Grêmio no primeiro tempo. Carlos não foi à Arena.
Wianey Carlet: o atacante colorado teve uma das suas piores atuações desde que chegou. Pedro Rocha foi o condutor da jogada que resultou no primeiro golo do Grêmio.
Diogo Olivier: o atacante do Inter mal tocou na bola. Sumiu da Arena. Pedro Rocha deu passe espetacular para o gol de Bolaños e entrou na área várias vezes.
Luan 0x4 Brenner
Cleber Grabauska: Brenner. Luan não conseguiu ser protagonista no clássico. Brenner, sim.
Gustavo Manhago: Brenner é uma grata revelação de 2017 no Inter. Teve tranquilidade e qualidade para virar o jogo. Luan sentiu o tempo parado.
Wianey Carlet: Luan perdeu para Brenner em eficiência.
Diogo Olivier: O atacante do Inter tem feito gols de todas as maneiras. O do Gre-Nal, de cavadinha, foi golaço. Se o garçom aparece, e foi assim no segundo tempo com Roberson e Nico, ele guarda. Luan se mexeu bem, mas finalizou pouco.
Lincoln 1x2 Anselmo
Cleber Grabauska: Empate. Lincoln entrou melhor, mas Anselmo cumpriu melhor o objetivo que tinha em campo.
Gustavo Manhago: Tiveram pouco tempo para jogar. Mas Anselmo foi atabalhoado como sempre. Fez faltas e tomou amarelo. Não jogam na mesma função, mas o garoto foi melhor.
Wianey Carlet: Entraram no Gre-Nal com objetivos diferentes. Embora sem destaque, Anselmo foi melhor.
Diogo Olivier: Nenhum dos dois entrou bem. Anselmo fez faltas, levou amarelo e errou passes. Mas Lincoln mereceu até xingão de Renato pela ingenuidade em lances com D'Alessandro. Anselmo, ao menos, ajudou no pouco que lhe coube: fechar o time na pressão do Grêmio, já com Carlinhos descontado.
Barrios 0x4 Roberson
Cleber Grabauska: Roberson. Mudou a cara do jogo. Foi melhor
Gustavo Manhago: O paraguaio foi discreto. E o garoto feito no Olímpico mudou o jogo com sua entrada no intervalo.
Wianey Carlet: De Lucas Barrios se esperava tudo, mas Roberson foi decisivo. Entrou e marcou um gol.
Diogo Olivier: Roberson foi um dos nomes do clássico. Entrou no intervalo, confundiu a defesa do Grêmio, fez gol. Ele mudou a cara do Inter. Barrios, sem o mesmo ritmo, não teve o mesmo brilho e eficiência, apesar de um cabeceio na área e um passe de gancho ótimo para Bolaños.
Fernandinho 2x1 Nico López
Cleber Grabauska: Fernandinho. Recolocou o Grêmio no jogo.
Gustavo Manhago: Fernandinho parece se dar bem em clássico. Joga o que não joga normalmente. Nico entrou bem, mas o gol deu vantagem ao gremista.
Wianey Carlet: apesar do gol marcado por Fernandinho, Nico López só não foi melhor do que Bolamos. Nico López.
Diogo Olivier: empate. Ambos entraram muito bem no Gre-Nal. Fernandinho ficou mais no gol, mas tem estrela em clássico. Nico foi atacante e armador com qualidade o tempo todo em que esteve em campo.
Renato Portaluppi 0x1 Antônio Carlos Zago
Cleber Grabauska: Empate. O duelo foi o ponto alto do jogo. O mais legal é que os dois mexeram para colocar seus times para cima.
Gustavo Manhago: Empate. Foram bem durante a bola rolando. E mal nas entrevistas. Jogaram para a torcida nas palavras.
Wianey Carlet: com um time inferior e ainda em formação, Antônio Carlos Zago conseguiu surpreender Renato na etapa final e quase ganhou o Gre-Nal. Zago foi melhor.
Diogo Olivier: empate com louvor e aplausos de pé. As substituições dos dois surtiram efeitos e se refletiram nos gols de seus times. A qualidade de um clássico corajoso, sempre na busca do gol, passa por eles.