Logo após garantir a classificação na Copa Libertadores, jogadores do Atlético-PR foram alvo de atitudes lamentáveis da torcida do Deportivo Capiatá-PAR, no estádio Erico Galeado, na região metropolitana de Assunção. Atletas foram alvos de insultos raciais.
Na comemoração da classificação para a fase de grupos, ainda no campo, os meias Carlos Alberto e Nikão acusaram os torcedores paraguaios de os chamarem de "macaco". O experiente meio-campista foi tirar satisfação e acabou contido por Grafite.
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– Infelizmente, a gente ainda vê situações como essa. O cara me chamando de macaco – disse o camisa 19.
– Eu não vi o que aconteceu, mas ele estava nervoso com o torcedor. Devem ter falado alguma coisa – completou o centroavante.
O técnico Paulo Autuori foi mais enfático. O comandante atleticano falou duramente sobre o caso após a partida, em coletiva de imprensa, e cobrou maior repercussão. O comandante estava indignado com a injúria racial vinda das arquibancadas.
– América do Sul me parece uma república das bananas, em que tudo pode. O Nikão foi chamado de macaco, outros jogadores também, jogaram garrafas, as bolas sumiram. Assim nós vamos continuar patinando no futebol. Na Europa já tem punições faz tempo. A diferença é que lá eles agem, aqui ninguém faz nada – enfatizou.
No Twitter, o Furacão também se manifestou:
– Lamentável caso de racismo após o apito final. Lembrando que somos todos rubro e negros – afirmou o clube.
* Lancepress