A lei que rege as transações de jogadores no Brasil, a Lei Pelé, precisa sofrer modificações. Temos presenciado, no início deste ano, diversas artimanhas de jogadores que, no intuito de serem negociados, provocam desavenças com seus clubes mesmo com contratos em pleno vigor.
Fico pensando se os clubes de futebol podem ser reféns destas ações ardilosas, normalmente levadas adiante por empresários gananciosos. Tenho certeza de que a grande maioria dos empresários de futebol é competente e honesta. O que estraga na verdade são aqueles poucos que veem no mercado da bola uma oportunidade para obter lucros utilizando-se de brechas legais que os possam beneficiar.
O caso de William é emblemático. Chega-se ao requinte de tentar pressionar a direção do Inter para que haja uma venda, que tem se mostrado um mau negócio para o clube, ameaçando não cumprir o que resta de contrato. Ora, o contrato de William só terminará em quase na metade de 2018.
Abelheiro
Se continuar assim e essa moda pegar, de nada adiantará ter um contrato longo com um jogador de futebol. Basta ser orientado para largar uma nota oficial dizendo que não quer mais jogar no clube e que seu sonho é jogar num time da Europa, da China ou do raio que o parta.
Por isso é que tenho convicção de que a lei que determina as transações de jogadores de futebol no Brasil deve mudar. Meu único medo é que o Congresso Nacional, onde está a tal da "Bancada da Bola", jamais mexa com esse abelheiro.
*Diário Gaúcho