Um vazamento de mais de 10 milhões de litros de água sob o Itaquerão foi descoberto pelo Corinthians em junho deste ano e causa risco de deslizamento de terra na área externa do estádio. O problema tem potencial para atingir a Radial Leste, principal avenida da região leste de São Paulo e que passa ao lado da Arena. A denúncia foi publicada nesta terça-feira pelo jornal Folha de S.Paulo e apresenta dados e afirmações alarmantes sobre o tema.
– O estacionamento do estádio corre o risco de parar na Radial Leste. Vai ser uma nova Mariana – disse um dos responsáveis pelo estádio, de acordo com a reportagem, em referência à tragédia de novembro do ano passado, quando o rompimento de duas barragens causou destruição em oito distritos da cidade de Mariana, em Minas Gerais, e matou 10 pessoas.
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No caso do Itaquerão, há um vazamento de água no estacionamento do estádio, pois o curso de água passa por baixo do prédio. Já houve um deslizamento por causa de chuvas em fevereiro do ano passado, mas a água chegou somente à calçada da estrada. Agora, segundo a denúncia, o risco aumentou, o que faria a água invadir a pista e colher quem passa por ela. O Corinthians acredita que o deslizamento de 2015 tem relação com o vazamento no estacionamento e realiza uma auditoria interna para investigar o problema.
Além da denúncia do possível vazamento, a matéria ainda apresenta outras possibilidades de risco na Arena Corinthians: placas de granito têm caído das paredes, lâminas de três milímetros de espessura de três metros por um de comprimento já voaram da fachada, a cobertura do estádio está acumulando água por falta de limpeza das canaletas de escoamento, há buracos no piso ao redor do estádio e rachaduras em paredes. Em fevereiro de 2016, um pedaço do teto da entrada principal da Arena foi ao chão, mas ninguém estava no local no momento do acidente.
Segundo a reportagem, os dirigentes do Corinthians têm conhecimento dos problemas e estão realizando uma auditoria interna com previsão de conclusão para o mês de novembro. O argumento dos gestores do estádio, porém, é que o clube ainda não deu aceite da obra da Odebrecht, entregue incompleta em maio de 2014. A construtora não se pronunciou.
*LANCEPRESS