A expressão no rosto de quem descia do ônibus da Seleção Brasileira era claro: cansaço. Eram 23h35min (00h35min no Brasil) quando a delegação desembarcou no Convention Hotel Boutique, na cidade de Merida, na Venezuela. Um grupo de aproximadamente 30 pessoas, em sua maioria jovens, estava à espera para saudar os jogadores. Em função do aparato policial e da colocação do ônibus, foi impossível que os venezuelanos observassem os atletas brasileiros.
A viagem do Brasil começou nove horas antes em Natal e teve uma parada técnica do avião em Boa Vista (Roraima). Depois a última etapa aérea foi até El Vigia, a 70 quilômetros de Merida. O trecho final durou duas horas e foi percorrido de ônibus em uma velocidade média de 35 km/h na sinuosa estrada que percorre a Cordilheira dos Andes.
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Antônio Nunes, vice-presidente da CBF e chefe da delegação, chegou a exagerar, reclamando das "três horas de viagem". Entre os membros da Comissão Técnica, o coordenador Edu Gaspar e o técnico Tite eram os mais afetados e foi possível ver verdadeiras caretas na expressão facial de ambos quando desceram do ônibus.
Entre os jogadoresm alguns caminhavam lentamente, arrastando os pés ou cabisbaixos. A maioria usava fones de ouvido, aproveitando para ouvir música e driblar o sono.
Após a chegada o grupo ainda janta do grupo e depois seguiram para seus quartis. O único treino na Venezuela será nesta segunda-feira, às 17h, no Estádio Metropolitano, local do confronto.
Uma atividade fechada não está prevista, mas haverá restrições a imagens de jogadas ensaiadas e bola parada. O treinamento em Natal no domingo encaminhou o time com a volta de Paulinho ao meio-campo, na vaga de Giuliano, e a entrada de Willian no ataque como substituto de Neymar.
*RÁDIO GAÚCHA