Com declarações duras do ministro de Justiça e Cidadania,Alexandre Moraes, o governo federal anunciou nesta sexta-feira a quebra de acordo com a empresa Artel, de Navegantes, e reforço no efetivo da Força Nacional para operar os aparelhos de raio-x e controlar os acessos durante as Olimpíadas. O contrato com a Artel era de R$ 17,5 milhões.
O ministro afirmou, durante evento no Rio de Janeiro, que a empresa "não cumpriu deveres contratuais, cadastrou 2 mil pessoas e contratou apenas 500". De acordo com o portal G1, Moraes disse ainda que a empresa "não conseguiu honrar seus compromissos, de forma irresponsável", e que será multada por quebra de contrato.
A contratação, no início do mês, havia rendido críticas aogoverno pela suposta inexperiência da empresa no setor de segurança. A revista é considerada estratégica para garantir a segurança dos Jogos Olímpicos,especialmente após os últimos atentados na França. A Artel é uma empresa de Recursos Humanos, e foi a segunda colocada na licitação – a primeira apresentou valor acima do limite de R$ 21 milhões.
Nesta sexta, as vagas disponíveis no site da empresa são para áreas de vendas, logística produção e manutenção – nenhuma na área de segurança.
Para garantir o serviço, três mil militares da ativa e dareserva (aposentados) foram chamados a se apresentar. Os primeiros 500desembarcaram no Rio nesta sexta.
A Artel não comentou o caso. No início do mês, a reportagem questionou a empresa, por e-mail, sobre a seleção de candidatos, o treinamento previsto e o número de contratados. Nesta sexta, sobre as declarações do ministro. Nenhuma das mensagens foi respondida.