A segunda parada da chama olímpica na Serra gaúcha será em Canela, na sexta-feira. A previsão de chegada é às 12h50min, no Parque do Palácio das Hortênsias. A partir daí o revezamento inicia pelas principais ruas da cidade, onde 12 condutores farão o caminho por terra até a Catedral de Pedra. No local, ela vai descer de rapel o templo, assim como ocorre no Natal.
O condutor responsável pela descida radical será Sidnei Gross, de 33 anos. Gross pratica esportes de aventura desde os 15 anos, por muito tempo foi guia de aventura na Serra e hoje trabalha com eventos que envolvem efeitos verticais, denominado como rigger. Em razão da experiência, a descida não causa nervosismo. Mas nem por isso será uma tarefa fácil.
– A questão toda do rapel vai ser pela chama. Eu trabalho com eventos, faço a parte de voos do espetáculo, então rapel é uma prática comum. Agora, rapelar com uma roupa especial e ainda com uma tocha pesando vai ser difícil. Vou ter que dar umas duas ou três passadas para garantir que não vai enroscar em nada. O rapel não tem perigo nenhum. Agora, com a roupa e com ela acesa, tem que se ter um cuidado maior – analisa Gross.
Por casualidade, Gross já teve o primeiro contato com a tocha olímpica. A empresa da qual é proprietário realizou uma parte do espetáculo em Santa Maria, onde o símbolo passou nesta terça. Isso já deu a Gross a dimensão da passagem da tocha pelo Rio Grande do Sul:
– É legal ver a empolgação das pessoas com o evento. Elas realmente se empolgam, gostam e querem ver a tocha.Em Canela, a empolgação é diferente. Ainda mais para um desportista.
Gross pratica ciclismo e a passagem do símbolo ganha outra dimensão para ele.
– Achei legal porque trabalho com eventos e sou esportista. Ser convidado para carregar a tocha é muito legal. Ainda mais pensando que é o símbolo que representa o esporte que gostamos. Estou feliz por ter essa honra – conclui.