O craque argentino Lionel Messi compareceu nesta quinta-feira ao tribunal de Barcelona para dar seu depoimento no julgamento que o acusa de suposta fraude fiscal.
O jogador de 28 anos chegou ao local ao lado de seu pai, Jorge Horacio, e de seu irmão Rodrigo, para responder às acusações sobre a suposta evasão de 4,16 milhões de euros em direitos de imagem.
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O camisa 10 do Barcelona era aguardado na porta do tribunal por dezenas de jornalistas e curiosos. Ao chegar Messi foi aplaudido pela maioria, porém uma pessoa gritou "ladrão" e "vai jogar no Panamá".
A audiência começou poucos minutos depois, com o depoimento de analistas do fisco. Depois de prestar depoimento, Messi retornará à concentração da Argentina, que estreia na segunda-feira na Copa América contra o Chile.
A investigação judicial, iniciada em junho de 2013, aponta que em 2005 a família de Messi foi aconselhada por seu ex-assessor Rodolfo Schinocca a fundar uma empresa em Belize para o depósito do dinheiro relativo aos direitos de imagem do atleta.
Dois anos depois, a família rompeu relações com Schinocca, a quem acusaram de fraude, e substituíram a empresa em Belize por outra no Uruguai, onde seguiu recebendo os direitos de imagem, sem pagar os impostos à Fazenda espanhola.
O procurador considera que o jogador teria evadido 4,16 milhões de euros de contratos assinados com Danone, Adidas, Pepsi ou Procter&Gamble entre 2007 e 2009 por meio das empresas offshore.
Os advogados denunciaram uma pressão da agência tributária espanhola e tentam desvincular o atleta da gestão de sua fortuna. O promotor que iniciou o processo em 2013 aceitou a versão de que Messi não lidava com as questões financeiras e pede apenas uma condenação contra seu pai, a quem atribui "um papel decisório e decisivo" no "mecanismo defraudador".
O jogador, um dos quatro atletas mais ricos do planeta segundo a revista Forbes, já devolveu quase cinco milhões de euros ao fisco, correspondentes a sua suposta evasão e juros. Mas ainda corre o risco, ao lado do pai, de uma pena de 22 meses e meio de prisão.
Em caso de condenação, Messi e o pai dificilmente seriam detidos pois na Espanha as penas inferiores a dois anos não são aplicadas quando não existem antecedentes judiciais.
*AFP