O surpreendente Inter de Argel, que lidera com justiça o Campeonato Brasileiro deste ano, guarda semelhanças com o distante Colorado de 1997. Em ambos os casos, o time não tinha um grande craque, mas um bom conjunto com alguns destaques, fossem Fabiano ou Christian, nos anos 1990, Rodrigo Dourado ou Eduardo Sasha agora. Dizia-se: "a estrela é o coletivo".
Os treinadores do passado e o atual, Celso Roth e Argel, chegaram como profissionais em ascensão, considerados um tanto broncos, mas motivadores e capazes de armar boas defesas. Ambos os times sofreram no Gauchão até engrenar e conquistar o torneio regional, e surpreenderam no Brasileiro.
O Colorado de 1997 deixou na história o inesquecível 5 a 2 no Olímpico, mas não confirmou a esperança de título nacional dos torcedores. Na segunda fase, em quadrangulares dos quais saíam os finalistas, não foi páreo para o Palmeiras de Scolari. O que faltou? Difícil dizer, mas se houvesse um tanto de técnica e qualidade a mais no elenco, que às vezes dependia de Sandro Sotilli, Mabília e Paulo Diniz, talvez o resultado fosse outro.
Nova chance
Agora, o Inter tem nova chance de buscar a taça. Vale não cometer o mesmo erro do passado e buscar todos os reforços possíveis para que o desfecho da temporada seja outro.
O titular da coluna volta a partir da próxima edição. Obrigado pela leitura e um abraço!
*Diário Gaúcho