A Islândia protagonizou a maior zebra desta Euro 2016. Os "homens de gelo" contaram com falha de Hart para virar a partida e vencer a Inglaterra por 2 a 1, nesta segunda-feira, em Nice. Poucos dias depois de a população do Reino Unido ter decidido deixar a União Europeia, a seleção da Inglaterra também deu adeus ao continente, eliminada da Euro.
Os islandeses jogaram com autoridade e fizeram história. Em sua primeira participação na competição, já chegam às quartas de final, fase na qual vão enfrentar a França, domingo, no Stade de France, às 16h. Foram melhores do que a Inglaterra em grande parte do jogo, levando perigo até quando recuaram para suportar a pressão dos britânicos, que apostaram no abafa sem resultado.
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Com a derrota, esta deve ter sido a última partida do técnico Roy Hodgson à frente da Inglaterra. O treinador tinha contrato até o fim da Eurocopa, mas a eliminação diante da Islândia deve convencer a Federação Inglesa a não renovar com o técnico.
O jogo começou eletrizante, com prenúncio de que a Inglaterra venceria com facilidade. Logo a 3min, os ingleses abriram o placar com Rooney, batendo pênalti sofrido por Sterling. Mas a torcida não teve muito tempo para comemorar. Aos 5, a Islândia chegou ao empate após cobrança de lateral. Árnason desviou e Ragnar Sigurdsson apareceu livre para marcar.
Com Sturridge e Sterling em campo, os ingleses pecaram nas tentativas de jogar pelo meio. A estratégia deu errado, facilitando para a defesa da Islândia. Mesmo assim, Dele Alli quase marcou, após acertar lindo chute de fora da área. No lance seguinte, contudo, os Homens de Gelo viraram. Após troca de bola na intermediária, Sigthórsson recebeu de Bodvarsson e chutou no canto de Hart, que pulou atrasado e acabou falhando no lance.
Rooney andava apagado, para desespero do técnico Roy Hodgson. Kane bem que tentou, mas Halldórsson salvou. A equipe inglesa mantinha a posse de bola, mas não era perigosa no ataque.
O panorama não mudou na volta do intervalo. A Inglaterra seguia desorganizada e jogava como time pequeno, sem criatividade. A Islândia ficava na dela, apenas observando os ingleses tentarem furar a sua defesa. Por outro lado, não se restringia apenas à retaguarda e saía para o jogo, como no lance de Ragnar Sigurdsson, que mandou de bicicleta e Hart pegou.
A Inglaterra oferecia o campo para a Islândia entrar em sua defesa. Em contrapartida, os islandeses fechavam os espaços e anulavam as jogadas inglesas. Rooney, principal nome, era figura apagadíssima. Assim como Sterling, Kane, Sturridge...
Sem muitos problemas atrás, uma vez que a Inglaterra atacava na base do abafa, a Islândia ainda conseguia criar lances de perigo. Gunnarsson foi lançado, livrou-se de Wilshere e bateu, mas Hart salvou. No fim, Vardy quase empatou, mas a zebra já estava pintada em Nice. Festa da Islândia, decepção dos ingleses.
*LANCEPRESS