Estava tudo desenhado para termos a primeira vitória fora de casa neste Brasileirão. Rogério Zimmermann deu uma revigorada no meio campo com as entradas de Galiardo na primeira função, Marcão e Nem em uma segunda linha e Diogo Oliveira fechando o losango. Nathan e Paraná no ataque.
Fizemos, óbvio, um bom enfrentamento no primeiro tempo. O Sampaio Correa teve duas chances e nós, duas. A mais clara foi Xavante. Num escanteio, Marcão cabeceou no poste e no bate rebate ninguém conseguiu empurrar para a rede. 0x0.
Na segunda etapa minha cabeça ingênua pensou: "como esse jogo está bom de ganhar, basta começar o segundo tempo já com Nena no lugar do Nathan, uma vez que a bola aérea está entrando na área dos caras. E ela continuará chegando com Diogo e Paraná. Simples. Quando Diogo cansar, coloca Clebson e mantém o desenho." Só que eu sou apenas torcedor. O treinador manteve o mesmo time na volta do segundo tempo. Afinal, empatar fora de casa em um estádio neutro com o então lanterna da competição e com a defesa mais vazada, seria uma façanha.
Como o futebol tem dessas coisas, Nathan acabou fazendo o gol num rebote de escanteio, aos 16 minutos. Dois minutos antes, sejamos justos, fez tudo certo mas o goleiro do Sampaio Correa tocou com a ponta dos dedos para escanteio. Com 1x0, pensei: " futebol é mesmo fantástico; não é que o Nathan calou a minha bo..... 1x1. Elias cabeceia, encobre Martini e deixa tudo igual 3 minutos depois. Acho que a Muralha estava um passo a frente do que deveria, mas não tenho convicção, confesso. De qualquer forma, uma cabeçada meio espírita. A partir daí, saíram Nem e Galiardo, provavelmente cansados, voltaram Leite e Washington e, por uma coincidência, passou a ser o pior momento do Brasil na partida até o apito final.
Caímos uma posição. Estamos provisoriamente em nono. A posição na tabela ainda é muito boa em dez rodadas. Já nossa postura em estádios neutros até aqui, não.