O britânico Andy Murray, terceiro da ATP, venceu, na tarde deste domingo, o sérvio Novak Djokovic, primeiro, conquistando o título do Masters 1000 de Roma, na Itália, jogado sobre o saibro. Ele marcou um duplo 6/3, em 1h35min, capturando o 36º caneco da carreira no dia em que completa 29 anos de idade.
É seu 12º caneco de Masters 1000, segundo no saibro – o primeiro veio em Madri, no ano passado, batendo Rafael Nadal. Seu último título na categoria fora em Montreal, no Canadá, em agosto de 2015, quando também bateu o sérvio. Além disso, é a 10ª vitória do britânico sobre o rival sérvio, que lhe superou em 23 oportunidades.
De quebra, Murray, que já iria voltar ao segundo posto da ATP, devido à perda de pontos de Roger Federer, abre quase 1500 pontos na colocação sobre a lenda suíça, e ganha muita moral para buscar seu terceiro Grand Slam da carreira em Roland Garros, que começa daqui a uma semana, no domingo. No ano passado, ele só foi superado em uma batalha de cinco sets, caindo para o próprio Djokovic.
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O JOGO
O primeiro set foi inteiro de Murray. Sacando muito bem nos momentos cruciais, marca registrada de sua semana na capital italiana, ele teve três break points no segundo game da partida, em que o rival só confirmou após mais de onze minutos, mas foi em 1/2 que Andy, agressivo durante toda a parcial, obteve a quebra de saque, agredindo desde a devolução.
Na sequência, Djokovic levou uma advertência, pois arremessou a raquete no chão e esta voou para fora da quadra, sendo pega por um torcedor, que estava atento e, de fato, pegou o material. Se esta tivesse se chocado contra o integrante do público, Novak seria imediatamente desclassificado e Andy seria o campeão. Tal atitude simbolizava certo descontrole mostrado pelo líder do ranking durante a semana, que seria novamente levado à tona no segundo set, em discussões com o árbitro de cadeira, Damian Steiner, acerca da chuva, que caiu durante a maior parte do embate no Foro Itálico.
O jogo seguiu e Murray manteve os três saques que precisava para fazer 1 x 0, contando com uma série de erros não forçados de Djokovic, que apareceram em número muito acima do normal na capital italiana, e jogando muito nas 'horas H', principalmente no 4/2 e no 5/3. Em uma linda curtinha, Andy completou metade do caminho até a vitória.
A segunda etapa começou perigosa para o tenista de Dunblane, na medida em que este recuou e resignou-se ao fundo de quadra, enquanto Nole, atrás no placar, adotou uma estratégia bem mais agressiva, pressionando o adversário. Os dois primeiros games de saque do eventual campeão, em 0/1 e 1/2, foram, indubitavelmente, a chave para a vitória, pois, após cometer erros não forçados de direta, ele mostrou muita personalidade e salvou três break points, sacando muito bem e indo à rede.
Depois da tempestade, veio a bonança. Voltando a ir para cima, o escocês começou o quinto game com uma ótima curtinha, contou com um erro do oponente e, no 30/30, jogou como número 1 do mundo, tomando as rédeas do ponto e não dando chances ao jogador de Belgrado. Com 3/2, o aniversariante só precisava manter seus três serviços seguintes para comer o bolo mais saboroso de sua vida.
Mas Murray fez melhor. Confirmando dois games em que os atletas foram novamente a 30 iguais e o britânico prevaleceu, com muita coragem, Novak tinha de sacar em 3/5 para manter-se vivo e pressionar Murray no décimo game. Mas o melhor jogador do mundo mostrou estar frustrado, errou duas direitas não-forçadas consecutivamente, cometeu uma dupla falta e viu, no 15/40, ponto em que bateu muito no britânico e teve uma bola facílima na rede, Murray acertar o lado de seu ataque no match point, conseguindo uma passada sensacional para comemorar, no dia do aniversário, sua primeira vitória em cinco jogos sobre o sérvio.
*LANCEPRESS