A situação do futebol de Santa Maria perece ter chegado ao limite. A Divisão de Acesso completa um mês na próxima semana, e o Inter-SM ainda não conseguiu estrear em casa. O Estádio Presidente Vargas não tem o alvará necessário (dos bombeiros) para, pelo menos, sediar partidas. Já o Riograndense, que tem posse de todos os documentos, já atuou duas vezes nos Eucaliptos, mas sem a presença de público.
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É que, por uma ação do Ministério Público na Justiça, os clubes precisam se adequar ao Estatuto do Torcedor, que tem especificações muito mais abrangentes, e não apenas aos critérios adotados em outros anos.
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Frente à situação que já se arrasta por várias semanas, os presidentes de Inter-SM, Heriberto Marquetto, e do colegiado do Riograndense, Dilson Siqueira, assinaram uma nota conjunta nesta quinta-feira desabafando sobre a situação.
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Os dirigentes agradecem os esforços dos bombeiros, da Brigada Militar e da prefeitura na emissão dos alvarás, e ao presidente Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto, por intermediar a negociação da troca dos mandos de campo com os outros clubes da Divisão de Acesso. Por outro lado, lamentam a falta de apoio de instituições de Santa Maria.
Em trecho, é lembrado o encerramento de atividades de tradicionais clubes do Interior, como o 14 de Julho e o Grêmio Santanense, ambos de Santana do Livramento.
Os clubes também pedem desculpas aos sócios, à imprensa e aos torcedores pelos transtornos. Ao final da carta, os dirigentes solicitam uma solução urgente.
Confira os principais trechos da nota enviada à imprensa:
"Os dois clubes tiveram que disputar os jogos em que representam Santa Maria no campeonato gaúcho de acesso, ou fora de seus estádios ou com portões fechados"
"Esta situação tem combalido as finanças que já não existem para os dois clubes. Todos sabem que manter os clubes em atividade é quase um ato heroico".
"Sempre se buscou preencher os requisitos necessários para nossos estádios os quais nunca registraram nenhum incêndio nas suas agremiações quase que centenárias ou já centenárias."
"Lamentamos que o mundo político a nível local e estadual bem como as instituições de Santa Maria, até este momento, não emprestaram sequer solidariedade a nossas duas instituições que, afinal, são de Santa Maria. Esperamos o apoio dessas forças vivas da comunidade."