O futebol está menos inteligente e mais chato sem Johan Cruyff.
Uma das maneiras de medir a genialidade de um personagem no esporte é na derrota. Aquele que imprime o nome na história mesmo no desterro é absolutamente diferente dos outros pelo critério da transcendência.
Aquela Holanda de 1974 perdeu na final para a Alemanha, mas o futebol jamais foi o mesmo com aqueles jogadores correndo por todos os lados sem parar, tanto para defender quanto atacar.
Leia mais:
Morre Johan Cruyff, lenda do futebol mundial
Tostão exalta legado de Cruyff: "Muito mais que um atleta"
Fifa lamenta morte de Cruyff: "Um dos maiores jogadores que o mundo já conheceu"
E os números esdrúxulos às costas? Quem disse que precisava ser tudo certinho, com o lateral-direito sendo o 2, o meia-esquerda o 10 e assim por diante. Cruyff vestia a 14.
Cruyff ganhou tudo no Ajax, base da Laranja Mecânica nos anos 70, e no Barcelona, como jogador. Depois, como técnico, praticamente inventou o jeito de jogar que se tornou a impressão digital deste Barcelona que encanta o planeta até hoje.
Pep Guardiola foi jogador de Cruyff naquele dream team do Barcelona, entre 1988 e 1994. Não se cansa de afirmar, com ênfase, que o seu Barcelona de Messi não passou de uma recriação do Cruyff treinador no Camp Nou, reeditando o falso 9 e pensando o futebol tendo a organização ofensiva como objetivo supremo, a partir da pressão e da posse de bola.
Opinião
Diogo Olivier: o futebol inventado por Cruyff jamais morrerá
Diogo Olivier
Enviar emailGZH faz parte do The Trust Project