O empate em 2 a 2 entre Brasil e Uruguai passou pelas mãos de Alisson – para o bem e para o mal. O goleiro da Seleção levou o segundo gol, anotado por Luis Suárez, em um lance difícil, mas defensável, como ele mesmo admitiu. A redenção veio no final, com uma grande defesa cara a cara com o atacante da seleção uruguaia e do Barcelona, que garantiu o ponto conquistado em Recife.
Alisson destacou que o resultado, pelo que a Seleção construiu no primeiro tempo, foi ruim, mas pode valer a pena na sequência das Eliminatórias. E também explicou os dois lances contra Suárez.
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– (A defesa) Foi um lance difícil. Ali é momento, fui iluminado. O Suárez é um exímio finalizador quando tem espaço, tanto que fez um gol. Fui feliz, mas infelizmente não consegui evitar os outros dois gols.
Ao falar sobre o gol sofrido no início do segundo tempo, o goleiro do Inter disse que pensou, na hora, que a bola fosse defensável. Mas também destacou a boa finalização do camisa 9 do Uruguai.
– A sensação que fica é sempre de que dá (para pegar), quando se toca na bola. Agora, tendo uma análise mais fria, vendo o lance no vestiário: primeiro pensei que o chute tinha sido mais de longe, mas depois vi que foi de perto. É um chute difícil, ele bate com a parte interna do pé, e a bola vai saindo. Como é próximo, não dá tempo de fazer o movimento correto, e não deu para afastar. Vou trabalhar mais para, na próxima, evitar – disse Alisson.
O camisa 1 também buscou um lado otimista ao falar sobre o ponto obtido na Arena Pernambuco.
– Foi um resultado ruim, pelo que a gente vinha fazendo. Mas, como um todo, nas circunstâncias e pelo segundo tempo, foi um ponto valioso. No momento a gente lamenta, mas lá na frente a gente pode comemorar este ponto na classificação. Agora temos um jogo importante contra o Paraguai.
O meia Douglas Costa, que marcou o primeiro gol da Seleção logo a 40 segundos de jogo, também falou sobre o empate. O jogador do Bayern de Munique, revelado pelo Grêmio, disse que a equipe precisa usar o resultado "de aprendizado", e mostrou confiança na escolha de Dunga por um substituto para o suspenso Neymar.
– A gente tem que ver isso. As vezes, vale mais jogar feio e ganhar do que sair jogando bonito. Serve de aprendizado. Estamos no caminho certo, mas a gente não pode perder pontos em casa. O Neymar é importante pra caramba, mas o professor Dunga vai saber quem colocar no seu lugar no Paraguai.
*ZHESPORTES