A vitoriosa carreira de Zé Roberto terá um ponto final em dezembro de 2016. Aos 41 anos - completa 42 no dia 6 de julho -, o lateral-esquerdo do Palmeiras disse que conseguiria se manter em atividade até os 50, mas ponderou que deseja ficar mais próximo da família a partir de 2017.
- No ano passado, se tivesse decidido parar de jogar, com certeza iria parar muito feliz por tudo o que conquistei, com um título tão importante com o Palmeiras. Decidi jogar mais esse ano pelos desafios que tracei na minha carreira. Queria até aproveitar essa oportunidade para deixar claro que este, com certeza, será meu último ano - disse o ex-jogador do Grêmio.
Leia mais:
Moisés rompe o ligamento do joelho direito e passará por cirurgia
Presidente do Atlético-MG confirma contratação de Robinho
Com réplica da taça, exposição sobre a Libertadores vai até 28 de fevereiro em Porto Alegre
A vontade de passar mais tempo em casa é um dos fatores que levará o jogador a deixar os gramados após a longa carreira.
- Ano que vem quero curtir um pouco, ter mais tempo com a família. Tenho um filho de 16 anos que quer fazer faculdade fora. Nesses anos de carreira, eu quase não o vi. Estou muito motivado para fazer meu último ano dando meu máximo. No início da pré-temporada tive uma conversa muito clara com a comissão no sentido de que não vai ser possível jogar todos. Não sou máquina.
Zé Roberto chegou ao Palmeiras no início de 2015, com vínculo até dezembro. No segundo semestre, ele assinou a renovação até o fim de 2016, mas colocou sua continuidade em dúvida mais de uma vez após a conquista da Copa do Brasil. O motivo da dúvida: o calendário do futebol brasileiro.
- Ainda que tivesse algum jogador que fosse máquina, um Super-Homem, um Batman, não iria aguentar o calendário brasileiro. Inventaram agora essa Primeira Liga e, conversando com alguns amigos do Grêmio, eles me disseram que parece vida de caminhoneiro, porque passam mais tempo fora de casa do que dentro. O filho, em vez de chamar de pai, chama de tio. Eu brinquei que poderia ir até os 50 anos. E poderia, com certeza. Sempre me cuidei, estou bem, mas o calendário aqui no Brasil fez com que eu pensasse nas férias e decidisse jogar somente esse ano - acrescentou.
O veterano fez questão de ressaltar mais uma vez sua privilegiada condição física ao falar sobre a decisão de parar.
- A minha condição me surpreende a cada dia, porque eu nunca imaginei que iria jogar com 41, prestes a completar 42 anos, em julho, em alto nível. Claro que me preparei para isso. Desde novo, quando tomei conhecimento de que meu corpo era meu instrumento de trabalho, passei a cuidar dele. Hoje estou usufruindo. Nunca tive nenhum vício, sempre cuidei muito da alimentação. Claro que a genética ajuda muito também, nunca tive uma lesão grave. E não posso deixar de falar da paixão. Sempre sonhei em ser jogador de futebol, e esse amor continua ardendo muito dentro de mim. Nossa vida é feita de escolhas e traçar metas, a maioria foi alcançada.
Convicto, Zé Roberto descartou a hipótese de abreviar a carreira e se aposentar imediatamente depois da Copa Libertadores.
- Não, não, não. Meu pensamento é cumprir o contrato que eu tenho com o Palmeiras (até dezembro). Se não acontecer o título da Libertadores, teremos mais uma competição, que é o Brasileiro. Meu pensamento é terminar o ano jogando pelo Palmeiras.
*LANCEPRESS