Acusado de corrupção, o poderoso secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, 55 anos, perdeu um emprego milionário na Fifa. A demissão do dirigente francês, o primeiro-ministro de Joseph Blatter, segue a operação limpeza que tenta reconstruir a entidade, sustentada por 209 federações nacionais, como a CBF. Seu afastamento era esperado.
Fifa demite o secretário-geral Jérôme Valcke
Valcke, o homem que mandou na Copa do Mundo de 2014, havia sido afastado do cargo na Fifa no dia 17 de setembro do ano passado. Pode receber mais adiante uma suspensão de nove anos de qualquer atividade relacionada ao futebol. Pagará ainda uma multa de cerca de R$ 400 mil. Valcke está diretamente ligado aos dirigentes que definiram os Mundiais de 2018, na Rússia, e 2022, no Catar. Mas os estranhos bastidores das duas próximas Copas do Mundo ainda precisam ser contadas.
O francês, que é jornalista, ficou famoso no Brasil depois de uma declaração polêmica. A queixa era real. A maneira como o estrangeiro se expressou é que ofendeu os brasileiros. Relembre.
– Não consigo entender porque os estádios não estão mais seguindo o cronograma inicial. Por que tantas coisas estão atrasadas? O Brasil precisa avançar, tomar um chute no traseiro e entregar a Copa do Mundo - falou Valcke, em 2012, 832 dias antes do início da Copa.
A Fifa proíbe a presença de Valcke em qualquer atividade relacionada com o futebol. Ele recebeu comissões por operações de revenda no mercado negro de milhares de ingressos do Mundial do Brasil.
O esquema foi denunciado pela Polícia Federal e por jornais britânicos, os mesmos periódicos que publicaram as primeiras denúncias contra Blatter, João Havelange, Ricardo Teixeira e as outras dezenas de dirigentes que foram varridos pelo escandaloso Fifagate, detonado em maio do ano passado.
*ZH ESPORTES