Já virou tradição. Para coroar o fim de temporada, uma festa cheia de craques do presente e do passado, reunidos no Maracanã (com 40.898 pessoas) pelo maior artilheiro do principal palco do futebol brasileiro: Zico. O Jogo das Estrelas promovido pelo Galinho chegou à 12ª edição, mas o maior homenageado acaba sendo sempre o eterno camisa 10 do Flamengo.
Zico fez jus à idolatria: o time dele, vestido de vermelho e preto, levou a melhor em cima do time branco, aplicando uma sonora goleada: 8 a 3. Mas Zico foi “malandro”. Como “dono da bola”, soube escolher bem os companheiros de equipe. O que dizer de um meio-campo com Júnior, Elias, Lucas Lima, Alex e o próprio Zico? Sem falar em Zé Roberto.
No primeiro tempo, o time de Zico fez logo 3 a 1, mesmo tendo iniciado atrás no placar,depois que Edmundo – vaiado pela maioria flamenguista sempre que tocou na bola – aproveitou a confusão protagonizada pelo goleiro Vitor Baía, um dos convidados internacionais.
Zico fez a parte dele. Recebeu um presentaço de Zé Roberto e fez o terceiro, depois de Elias, esbanjando saúde, ter balançado a rede duas vezes. Pouco antes, com o placar ainda adverso para o time vermelho, o Galinho perdeu um gol dentro da pequena da área.
O dono da festa compensou com passes e lançamentos precisos. "Ei, ei, ei, Zico é o nosso rei" virou refrão recorrente nas arquibancadas. E depois que o time do Galinho fez o quinto (um de Falcão, do futsal, e outro de Thiago, filho de Zico), a maioria flamenguista no estádio se soltou. Os cânticos tradicionais rubro-negros foram entoados. Mas nem só de euforia foi a festa no Maracanã. Os poucos secadores de Zico – sim, eles estavam lá – deram uma risadinha de canto de boca quando o Galinho perdeu um pênalti. A bola bateu na trave.
O time branco chegou a dar sinal de vida, encurtando a distância no placar com Alex Dias e Cícero. Mas Falcão, de novo, e Daniel Carvalho, deram o troco, confirmando a goleada do time do anfitrião. E ainda houve tempo para um gol do pequeno Felipe, menino que substituiu Zico: 8 a 3. Mas o placar foi o de menos. O importante foi a festa e a reverência a quem merece.
* Lancepress