Dez anos depois da partida épica que marcou a volta do Grêmio à Série A do Brasileirão, o estádio que deu o nome à Batalha dos Aflitos não é mais a casa do Náutico. Ou pelo menos do Náutico que virou coadjuvante em seu próprio domínio naquele 26 de novembro de 2005.
Atualmente, o Aflitos abriga disputas de futebol americano. O campo que foi cortado pelo pique de Anderson rumo ao gol do acesso agora é dividido em 100 jardas e recebe times de 53 integrantes.
Desde a modernização da Arena Pernambuco para a Copa das Confederações e o Mundial de 2014, o Náutico "se mudou" para o novo complexo esportivo. Assim, o velho Estádio dos Aflitos foi cedido ao Recife Mariners, o time de futebol americano do Náutico, em 2013.
Pedido de casamento
Já que a emoção não fica mais por conta do torcedor do Timbu, que presenciou o acesso do Náutico à Série A um ano depois da Batalha dos Aflitos, um pedido de casamento comoveu o público de Mariners x Recife Pirates. O linebacker Samuel Braz levou sua então namorada, Thaís Di Cantisani, até o meio do campo para ouvir o "sim".
Fora o noivado, as arquibancadas dos Aflitos ainda viram o Náutico, em 2006, vencer o Ituano e voltar para a primeira divisão depois de 12 anos. Foram apenas três anos de elite - em que os apertos foram maiores que as glórias, visto que o clube terminou os campeonatos de 2007 e 2008 em 15º e 16º lugares, respectivamente, até ser rebaixado novamente no ano seguinte.
O último ano do Náutico nos Aflitos foi marcado por uma boa campanha em casa após uma nova volta para a Série A. Dos 19 jogos disputados lá, o time pernambucano venceu 13. Com os resultados, a equipe ainda conquistou vaga na Copa Sulamericana - da qual caiu na primeira fase, contra o rival Sport.
O baixo público do Timbu na Arena Pernambuco fez com que um retorno aos Aflitos fosse cogitada para diminuir o prejuízo do clube em seus jogos como mandante. Porém, até que o impasse seja resolvido, a velha casa de uma grande batalha continuará sendo utilizada por um outro tipo de futebol.