Na pista, o britânico Lewis Hamilton teve uma vitória incontestável no GP de Monza de Fórmula-1. Uma questão técnica, porém, colocou seu triunfo sob risco. A pressão dos pneus das Mercedes - tanto a sua quanto a de Nico Rosberg - foram motivo de investigação dos comissários após a prova e o campeão esteve ameaçado de desclassificação. A organização da prova, porém, confirmou a vitória de Hamilton.
Antes do início da corrida, a medida da calibragem dos pneus traseiros esquerdos dos carros de Hamilton e Rosberg apontaram que a pressão não era suficiente. A Pirelli, fornecedora dos pneus, determinou a pressão mínima de 19,5psi (libra força por polegada quadrada) para todos os carros após os estouros sofridos por Vettel e Rosberg na etapa da Bélgica.
Após o fim da prova, a Williams chegou a pedir a desclassificação do vencedor.
- O que estou ouvindo é que uma equipe quebrou uma regra de segurança e não posso ver nada além de uma desclassificação como resultado - afirmou Pat Symonds, diretor-técnico da equipe.
Mas a organização do GP da Itália, após investigar a possível irregularidade, concluiu que Hamilton e Rosberg não mereciam sanção. Confira, abaixo, a nota oficial divulgada pelos organizadores em Monza:
"Após ouvir o delegado-técnico, representantes da equipe e o time de engenheiros da Pirelli, os comissários determinaram que a pressão dos pneus estavam dentro do limite mínimo recomendado pela Pirelli quando estes foram colocadas no carro.
De acordo com a determinação da pressão dos pneus, os comissários notaram que os cobertores térmicos haviam sido desconectados da alimentação de energia, como procedimento normal, e os pneus ficaram significativamente abaixo da temperatura máxima permitida para o cobertor térmico no momento da aferição da FIA no grid, e significativamente diferente das temperaturas de outros carros medidos no grid.
Em seguida, os comissários ficaram satisfeitos que a equipe tenha cumprido os procedimentos especificados, supervisionados pela fornecedora de pneu, com relação a questões de segurança. Assim, os comissários decidiram não tomar nenhuma decisão a mais. De qualquer forma, os comissários recomendam que a fornecedora de pneus e a FIA realizem futuras reuniões para promover claras orientações às equipes sobre os protocolos de medição."
* ZH Esportes