
Cotado para assumir o comando técnico do Inter, Mário Sérgio não fez questão de despistar sua vontade de retornar ao clube. Questionado sobre o assunto no Estúdio Gaúcha, na noite desta terça-feira (11), o atual comentarista da Fox Sports relatou o apelo feito por Fernando Carvalho para que ele treinasse o time colorado em outubro de 2009, a 11 rodadas do Campeonato Brasileiro.
Eu, a princípio, não tenho isso na minha cabeça (ser técnico do Inter). Mas, em 2009, também não tinha. Eu nem tinha condição psicológica para assumir nada. Mas o Fernando Carvalho, em nome da nossa amizade - eu tenho uma amizade muito grande com ele -, me pediu essa contribuição. Ele queria entrar na Libertadores. Eu fui no sacrifício porque sabia o que o Inter me deu em termos de currículo, de conquistas", disse Mário Sérgio.
"Qualquer chamado que vier do Sul, eu tenho uma responsabilidade muito grande de dar retorno. Eu sou parceiro dos meus amigos. Aqueles que recorrem a mim quando precisam, eu me colocam a disposição", completou.
O comentarista ainda destacou que tem contrato com a Fox Sports até a Copa de 2018, mas "tem uma cláusula que permite ser técnico sem pagar multa rescisória".
Ao falar na situação do vestiário colorado, Mário Sérgio disse que, em 2009, pegou o time em "uma situação ruim, em queda". E enfatizou a empatia que, segundo ele, foi criada de maneira muito rápida. "Tive uma relação com o grupo maravilhosa em dois meses. Pudemos variar muitos esquemas em pouco tempo, foi uma coisa absurda, que jamais tinha acontecido comigo".
Sobre o resultado no clássico do último domingo, Mário Sérgio afirmou que não adianta apontar culpados. "É difícil apontar nomes. Primeiro que não se sabe o que está acontecendo no grupo. O técnico tem de ter completo domínio nesse ambiente. Quem sabe do dia a dia é o dirigente. Quando ele toma decisões, é porque ele sabe o que acontece. O grande erro que cometemos é quando queremos encontrar culpados. É uma responsabilidade de todos, de jogadores, comissão técnica, diretoria, conselho. É injusto jogar nas costas de uma pessoa a culpa toda", avaliou.
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