O Ministério Público da Suíça confiscou novos documentos eletrônicos do gabinete de Joseph Blatter, de seu braço direito, Jérôme Valcke, e dos diretores financeiros da entidade, em mais uma etapa das operações contra a corrupção na Fifa. Os dados foram levados nesta quarta-feira e um novo processo criminal foi aberto pela Procuradoria Geral da Suíça.
Zico condiciona candidatura à presidência da Fifa a mudanças eleitorais
A Fifa negou que tenha sido alvo de uma operação policial e insiste que foi ela mesmo que entregou a informação, ao ser solicitada. Segundo a entidade, a entrega chegou a ser negociada, com a Fifa tendo sido avisada com algumas horas de antecedência. Ainda assim, o MP garantiu que o confisco permitiu a abertura de mais um caso penal contra a Fifa.
Justiça americana quer propor delação premiada a Marin
Um dos focos da operação foi a obtenção de dados sobre as candidaturas para a Copa de 2018, vencida pela Rússia, e 2022 pelo Catar. O MP queria todos os dados técnicos sobre cada um dos participantes, além de e-mails e documentos envolvendo a direção da entidade. No dia 27 de maio, a Fifa havia sido alvo de uma operação, no momento em que sete cartolas eram presos em Zurique, entre eles José Maria Marin.
Fifa suspende processo de candidaturas para a Copa de 2026
Naquele dia, mais de 2 terabytes de documentos eletrônicos foram confiscados, no que representaria o equivalente a 150 milhões de laudas de word. A Fifa, naquele momento, também insistiu que estava colaborando e que a ação era resultado de um caso aberto pela própria entidade. Blatter ainda não havia renunciado e seu assessor de imprensa, Walter de Gregório, insistiu que era um "bom dia para a Fifa".
Del Nero é sabatinado por deputados e afirma ter "a vida limpa"
Pressionado, o suíço renunciaria menos de uma semana depois ao ser informado que o FBI também começava a examinar a situação de sua presidência. A esperança dos americanos é de que pelo menos parte dos cartolas presos poderia ajudar a investigação a levar ao presidente da Fifa. Segundo fontes no MP, os suíços examinaram parte do material inicial e agora buscam novas evidências do que pode ser um caso de lavagem de dinheiro e corrupção.
Jack Warner é suspeito de desviar dinheiro das vítimas do terremoto no Haiti
Até novembro do ano passado, a Justiça não tinha permissão para fazer operações na Fifa. Mas as leis mudaram, diante da pressão da classe política suíça para uma revisão do status e privilégios da Fifa no país.
Argentino envolvido no escândalo da Fifa se entrega na Itália
*ESTADÃO CONTEÚDO