"Um dos maiores zagueiros que eu vi jogar". Com essa frase, Adroaldo Guerra Filho iniciou mais um Paredão do Guerrinha. Atílio Ancheta foi o convidado do programa deste sábado (07). O uruguaio chegou ao clube em 1971 após atuar com a camisa do Nacional do Uruguai, vencendo três vezes o campeonato do país e a Taça Libertadores da América, e permaneceu defendendo o Tricolor até 1979.
Ancheta iniciou a entrevista contando como iniciou sua carreira. Aos dez anos, jogava futebol no colégio na cidade de Florida, 75 quilômetros de distância de Montevidéu. Logo depois, foi realizar a famosa "peneira" no San Lorenzo de Florida, clube do município. Ancheta jogava como volante, mas no Nacional foi descoberto como zagueiro, quando o atleta titular não pôde atuar.
"Eu pulava bem, cabeceava bem, saía jogando bem. Pra mim, jogar tanto no meio, quanto atrás pra mim estava bom, o que eu queria era jogar. Assim as coisas foram acontecendo e assim começou a minha história no futebol", revelou.
Após ter atuado na Copa do Mundo de 1970, sendo eleito como o melhor zagueiro do mundo, e vencido a Libertadores e o Mundial do ano seguinte, Ancheta despertou o interesse do Grêmio, em uma época que não era comum as transferências para o futebol europeu. Após oito anos como jogador do clube, a convite de Valdomiro se transferiu para o Millionarios, do futebol colombiano.
"Eu estava havia quase um ano sem jogar no Grêmio. Não sabia o motivo, porque me atrasei cinco minutos uma vez e tomaram como exemplo, acho. Nunca recebi uma sattisfação. Fiquei magoado, não era justificativa pra me deixar do jeito que me deixaram. Atirado. Cinco minutos me custaram toda a vida. Sempre fui uma pessoa dedicada, de família e uma pessoa respeitosa. Com o que fizeram, me deixaram no chão. Isso foi muito feio e nunca falei porque não sou de falar", falou sobre uma mágoa com o Grêmio.
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